Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. II Tm 4:7
Quando a Maria Lúcia chegou na Igreja Presbiteriana da Pompéia, um pouco depois de mim, ela já veio mostrando que tipo de pessoa que era. Não esperou se adaptar à igreja foi logo arranjando trabalho para fazer.
Aproveitando a idade das filhas, na época, ela foi trabalhar com os adolescentes. Foi um sucesso. Nunca a UPA tinha sido tão forte e atuante. Nunca mais foi igual aquela da época da tia Malu.
Não eram poucos os seus dons, mas certamente ela se destacava em duas coisas: música e gente, o que revelava claramente a forma como vivia para Deus. Com a música fazia a sua ligação vertical, através do louvor. Com as pessoas, a sua relação horizontal de amor aos que precisavam dela.
Conheço poucas pessoas que demonstrem tão explicitamente o cumprimento dos mandamentos de amar a Deus e ao próximo. No caso da Maria Lúcia era algo que realizava sem nenhum esforço, fazia parte da sua natureza.
Ficamos amigos pela música. Era um prazer louvar a Deus junto com ela. Fazíamos prelúdios no piano a 4 mãos (um deles era tocar o hino nacional na semana da pátria), compartilhamos as nossas partituras para piano e órgão e não poucas vezes tocamos juntos para acompanhar a congregação.
Aliás, essa deve ter sido um dos poucos pontos que tinhamos discordâncias. Até hoje eu piso fundo no acelerador e mantenho o andamento acima do necessário (aprendi com a Maria Júlia a tocar mais rápido do que devia, pois a congregação sempre vai arrastar e, no fim, chegamos no andamento certo). Ela preferia ir com mais calma, ela se preocupava que algumas pessoas não conseguiriam cantar naquela velocidade.
Cantei no coral com ela regendo. Toquei para o coral com ela regendo. Ela tocou comigo regendo. E também cantou comigo regendo (excelente contralto, por sinal). Além disso sempre me ajudou quando eu regia o conjunto masculino, me chamando a atenção de falhas que eu não percebia (eu regia e cantava ao mesmo tempo).
Quando eu estava no piano, ela costumava chegar no fim do culto e cantar comigo algum hino.
Ela nunca perdeu a esperança de reativar o coral. Tenho certeza que ficou feliz quando a Marlene assumiu essas incumbência.
Eu também tive a oportunidade de ser alvo dos seus cuidados no ministério de visitação. Especialmente quando o Samuel nasceu e ficou um tempo na UTI e, meses depois, quando foi operado do coração. Nem sempre ela pode vir aqui em casa, mas me ligava todas as semanas para ter notícias e me dar uma força.
Não foram poucas as pessoas que testemunharam a importância desse trabalho dela nas suas vidas. Ele fez a diferença.
Nessa semana, a dona Maria Lúcia foi se encontrar com o Criador. Tenho certeza absoluta que está muito melhor do que todos nós. Está ao lado daquele a quem ela dedicou a sua vida. Um dia estaremos lá juntos cantando de novo (será que o céu tem piano para tocarmos juntos de novo?)
Enquanto esse dia não chega, eu vou sentir muita falta dela.
Quando a Maria Lúcia chegou na Igreja Presbiteriana da Pompéia, um pouco depois de mim, ela já veio mostrando que tipo de pessoa que era. Não esperou se adaptar à igreja foi logo arranjando trabalho para fazer.
Aproveitando a idade das filhas, na época, ela foi trabalhar com os adolescentes. Foi um sucesso. Nunca a UPA tinha sido tão forte e atuante. Nunca mais foi igual aquela da época da tia Malu.
Não eram poucos os seus dons, mas certamente ela se destacava em duas coisas: música e gente, o que revelava claramente a forma como vivia para Deus. Com a música fazia a sua ligação vertical, através do louvor. Com as pessoas, a sua relação horizontal de amor aos que precisavam dela.
Conheço poucas pessoas que demonstrem tão explicitamente o cumprimento dos mandamentos de amar a Deus e ao próximo. No caso da Maria Lúcia era algo que realizava sem nenhum esforço, fazia parte da sua natureza.
Ficamos amigos pela música. Era um prazer louvar a Deus junto com ela. Fazíamos prelúdios no piano a 4 mãos (um deles era tocar o hino nacional na semana da pátria), compartilhamos as nossas partituras para piano e órgão e não poucas vezes tocamos juntos para acompanhar a congregação.
Aliás, essa deve ter sido um dos poucos pontos que tinhamos discordâncias. Até hoje eu piso fundo no acelerador e mantenho o andamento acima do necessário (aprendi com a Maria Júlia a tocar mais rápido do que devia, pois a congregação sempre vai arrastar e, no fim, chegamos no andamento certo). Ela preferia ir com mais calma, ela se preocupava que algumas pessoas não conseguiriam cantar naquela velocidade.
Cantei no coral com ela regendo. Toquei para o coral com ela regendo. Ela tocou comigo regendo. E também cantou comigo regendo (excelente contralto, por sinal). Além disso sempre me ajudou quando eu regia o conjunto masculino, me chamando a atenção de falhas que eu não percebia (eu regia e cantava ao mesmo tempo).
Quando eu estava no piano, ela costumava chegar no fim do culto e cantar comigo algum hino.
Ela nunca perdeu a esperança de reativar o coral. Tenho certeza que ficou feliz quando a Marlene assumiu essas incumbência.
Eu também tive a oportunidade de ser alvo dos seus cuidados no ministério de visitação. Especialmente quando o Samuel nasceu e ficou um tempo na UTI e, meses depois, quando foi operado do coração. Nem sempre ela pode vir aqui em casa, mas me ligava todas as semanas para ter notícias e me dar uma força.
Não foram poucas as pessoas que testemunharam a importância desse trabalho dela nas suas vidas. Ele fez a diferença.
Nessa semana, a dona Maria Lúcia foi se encontrar com o Criador. Tenho certeza absoluta que está muito melhor do que todos nós. Está ao lado daquele a quem ela dedicou a sua vida. Um dia estaremos lá juntos cantando de novo (será que o céu tem piano para tocarmos juntos de novo?)
Enquanto esse dia não chega, eu vou sentir muita falta dela.
7 comentários:
...
...
...
Tentei pensar em alguma coisa pra escrever e me unir ao seu coração agora, mas só encontrei reticências em mim lendo seu texto.
Aliás, só consegui sentir cair a ficha agora, e só agora minhas primeiras lágrimas cairam.
É isso mesmo Fabio...você disse tudo. Expressou bem quem "é" a tia Malu (como gostava de ser chamada).
Ela sempre dizia:
"Você precisa aproveitar esses momentos do presente, pois eles não voltam mais. Outros virão, mas esse...Não volta mais."
Sou fruto de muito do que ela fez pela nossa geração na UPA da Pompéia, cuidando de 30 crianças metidas a adulto, viajando de trem, lotando seu fusquinha (que chegou a carregar 13 pessoas de uma vez)...
...
...
Até hoje, quando puxo a orelha das ovelhinhas lá na igreja, eu pareço ouví-la dizendo:
"Luiz, você sabe o que está escrito em Romanos 13 ?"
Ou ainda quando eu achava que já tinha idade pra namorar, ela dizia:
"Luizinho, lá em Eclesiastes 3 fala que há tempo para todas as coisas, e agora é tempo de você brincar de skate..."
Tia Malú soube escrever história como ninguém.
São 00:15 e amanhã (hoje) a noite eu vou pregar, e acho que já tenho o que dizer...
Rodrigo Luiz de Lourenço
Não conheci tia Malu pessoalmente. Estou percebendo quão extraordinária foi sua vida. E me faz concluir que gigantes da fé são as pessoas comuns realmente entregues a Deus e que permitem que seus dons e talentos - sejam eles quais forem - sejam usados para o Reino e pra glória dEle!
Essa foi uma gigante! Que seus frutos se multipliquem.
Tia Malu!!
Era só não chamar de Dona Maria... certa vez ela me disse que uma só pessoa insistia em chamá-la assim. Aproveitei o "gancho" para às vezes brincar com ela, mas só com ela.
Quando começamos as atividades divididas em ministérios, Visitação tinha o seu perfil. Não pensou 2 vezes para aceitar e já foi desenvolvendo a idéia original. Muitos foram abençoados com a chegada do grupo para visitas.
Em qualquer programação, o comentário dela seria "Na realidade, quem não foi... perdeu!".
Agora é o nosso Senhor quem diz: ela não foi, ela veio. Ela não perdeu, ela ganhou!
Foi fiel até a morte, e certamente recebeu a coroa da vida. Exemplo para ser seguido!
Es dificil encontrar palabras para expresar las marcas que "Tia Malú" dejaron en nuestras vidas.
Deja un vacío en nuestro corazón pero muchos ejemplos que imitar.
Nuestras lágrimas se mezclan con la tristeza de su ausencia y la alegría de escuchar su voz entonando himnos de alabanza al encontrar a nuestro Salvador.
A separação é sempre muito difícil, ainda mais quando se trata de alguém tão precioso e especial como ela. Conhecemos a tia Malú antes de frequentarmos a Igreja de Vila Pompéia e a identificação e admiração foi rápida, pudemos perceber o seu empenho e entusiasmo em tudo o que fazia, o carinho e cuidado com que tratava os adolescentes era também usado com as suas meninas, como ela falava da Karina e Karla pra gente. Só o que nos conforta é sabermos que ela está nos braços do Pai e já não sofre mais.
Tia Malu era iluminada!
Sua luz brilhava forte e nos abençoava! Todos nós temos boas histórias pra contar sobre ela.
Lendo esses relatos parece que estou ouvindo sua voz novamente... (pausa) lágrimas...
Nossos próximos eventos seriam um recital e um festival de sopas. Não deu tempo...
Nós conversávamos bastante, ela não estava bem de saúde, eu sabia, mas não imaginava perdê-la tão cedo.
Em uma de minhas visitas ao hospital, ela abriu os olhos e virou o rosto para me ver. Eu precisava que ela me visse, isso era importante pra mim. Eu disse pra ela descansar e ela fez cara feia pra mim. Então, falei que estava esperando ela pra comer peixe na casa dela e pra trabalhar a voz que ela vinha reclamando há algum tempo. Li uma carta do Xande e falei das filhas maravilhosas que ela tinha. Contei que as meninas estavam indo à igreja e orando muito a Deus por ela. Disse também o quanto ela era amada, que tinha muita gente orando por ela e ligando pra saber notícias. As meninas relataram todas as pessoas que ligaram e visitaram. Nós pedimos para cantar e ela deixou. Depois oramos e eu me despedi com um beijo na testa dela. Essa foi a última vez que a vi, pois quando fui visitá-la novamente, ela tinha acabado de partir.
Espero seguir pelo menos um pouquinho do seu exemplo de vida, pois ela foi como um anjo do Senhor abençoando muitas vidas.
Eu tive o prazer e o privilégio de conhecê-la. Uma pessoa incrível, doce, meiga, inteligente e super alto astral, além de muito, mas muito elegante. Conversávamos muito e sempre que nos encontrávamos fazíamos de um simples encontro um momento de felicidade. Não esqueceremos dela jamais.
Tenho certeza de que Deus está contente em tê-la consigo. Sorte dele e das pessoas que puderam conhecê-la.
Postar um comentário