domingo, 15 de abril de 2012

Praticando a religião

Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? (Mateus 25:37)

Hoje a minha igreja se alegrava com a benção de ter ganho um aparelho de ar condicionado para o salão de culto, enquanto o pastor pregava sobre serviço cristão, um excelente sermão, por sinal.

Não tão excelente estava a aula de escola dominical, apesar do professor ser o melhor que conheci nos últimos tempos, não estava muito inspirado e os alunos, quase todos macacos velhos de igreja, repetiam as mesmas incertezas e barbaridades de sempre. Fui caminhar pelo bairro (uma heresia, eu sei...)

Nas ruas, a cada quarteirão, ou meio quarteirão, um morador de rua no chão, uma criança largada no mundo, um pedinte implorando um trocado para comer.

Fiquei pensando nos crentes preocupados com os podes e os não podes. Fiquei olhando os abandonados, os excluídos e os rejeitados nas calçadas.

Fiquei pensando no salão de culto climatizado. Fiquei olhando os maltrapilhos sujeitos a sol, chuva, vento e frio.

Tantos preocupados com o livre arbítrio. Crianças preocupadas se iriam comer naquele dia. Ou não.

Resolvi fazer a minha parte, recebi olhares surpresos, outros desconfiados e até um que me pareceu recriminador, de um comerciante local.

Isso não me faz um crente melhor que os outros, esse tipo de comparação é inconcebível no reino. Certamente me fez sentir melhor a presença de Deus na minha vida.

Um comentário:

Vilma A. de Mello disse...

Como é mais fácil fingir que essas situações não existem...

“Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta”. Tg 2.17 -