se no futuro der fruto, bem; mas, se não, cortá-la-ás. Lc 13:9
A figueira, das árvores que conhecemos até hoje, é a primeira a ser citada na Bíblia (de suas folhas, Adão e Eva coseram suas vestes), era um símbolo de paz e prosperidade (1 Rs 4:25 e Mq 4:4) e também aquela que provia os pobres de alimento, pois qualquer um podia se servir de seus frutos e existia em todos os lugares, inclusive dentro das vinhas, onde era muito comum. A vinha, em muitas passagens bíblicas, é a forma como Deus se refere a Israel - seu povo- que somos nós mesmos, o Israel de Deus.( Is 5:1-7).
Dentro desse contexto é que podemos entender mais claramente a parábola que Jesus nos apresenta.
Deus, o Senhor da vinha, olha para o Seu pomar e identifica uma árvore que não dá frutos. Ele sabe que as árvores não frutificam de uma hora para a outra, esperou um tempo longo, mas não ilimitado, exerceu sua paciência, o que não significa que tolera indefinidamente a inutilidade. Ainda assim, atende aquele que é o cuidador da vinha, e intercede por suas árvores. O viticultor se compromete a uma última tentativa e concorda que, se não mudar a situação, a figueira deve ser cortada.
Deus nos plantou para que déssemos frutos para Ele. Através de Cristo nós, que éramos estéreis, fomos redimidos e transformados em árvores produtoras. Como corpo de Cristo não temos motivos para não dar frutos. A menos que sejamos árvores estranhas no meio da vinha.
Assim como na parábola, nem todos que convivem com o corpo de Cristo fazem parte do mesmo. Muitos só estão ocupando espaço no pomar, usufruindo os benefícios do cuidado, da água e dos nutrientes do solo sem, no entanto, gerarem fruto algum.
Se estamos descansados e acomodados - infrutíferos, podemos ter a certeza que Deus já estabeleceu o Seu limite.
Devemos sempre estar prontos a servir. Ou nos prepararmos para ser cortados.
Um comentário:
... e ser cortado dói.
Solicitando permissão para adicionar seu endereço em meu blog. A 'minha' relação é extremamente seletiva, exceto por um ou outro amigo que pediram a inclusão. E não neguei-a. Abraço.
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