Beleza é conteúdo
Quão formosos os pés dos que anunciam coisas boas! Rm 10:15
Metonímia é uma figura de linguagem que consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Não com base em traços de semelhança, como na metáfora, mas por alguma relação lógica entre os termos. Calvino entendia que a figura dos pés formosos era uma metonímia.
Quando Isaías (52:7) fala dos pés formosos, expressão que Paulo vai lembrar os Romanos, ele se refere aos mensageiros que traziam as notícias do fim do cativeiro. Assim como nós levamos as notícias do fim da escravidão do pecado. Os mensageiros desciam os montes e chegavam com os pés cobertos de pó e de sujeira. Mesmo assim, eram os pés que traziam a notícia da salvação, tão maravilhosa que, até aquilo que aparentava ser feio se tornava belo.
Nós que fomos vocacionados e comissionados a levar essa mensagem refletimos essa beleza, que está em Cristo, não em nós.
Santa rebeldia
pois nós não podemos deixar de falar das coisas que temos visto e ouvido. At 4:20
Pedro e João, diante do sinédrio, não foram exemplo de rebeldia, mas de compromisso com a seara do Senhor, de pregar o evangelho da salvação. Um exemplo que nos mostra que a submissão, a obediência, não é sinônimo de um suicídio mental, de uma auto-hipnose, de uma obediência cega. Quantos e quantos irmãos são amedrontados por alguns, a apenas "obedecer" e nada mais, sem questionar? Talvez nos dias de hoje alguns diriam até que Daniel entrou da cova dos leões por que foi desobediente, rebelde, com o rei Dario. Alguns diriam que os leões só não o comeram "pela misericórdia", mas que Deus poderia ter permitido, por desobedecer. Quantas coisas ouviríamos de alguns crentes! Nem Daniel, nem Pedro e João eram obreiros fraudulentos, nem vasos covardes, para entregar o recado de Deus com ousadia somente para os humildes e temer os "grandes".
Sejamos obedientes às autoridades, dentro e fora da Igreja. De acordo com a Palavra de Deus, à luz das Escrituras. Mas saiba que, em primeiro lugar, o seu compromisso é com Deus. O Deus dos deuses e Senhor dos senhores
Senhor dos frutos
...mas Deus deu o crescimento. 1 Co 3:6
Muitos creram e, provavelmente, muitos não creram. O que diferencia uns dos outros? Não tinham ouvido a mesma mensagem, pregada pelos mesmos apóstolos? Não viram os mesmos sinais? No entanto, nem todos os que são alcançados pela palavra de Deus se arrependem e se convertem dos seus maus caminhos.
Paulo já dizia que plantamos e regamos o evangelho, mas que o crescimento e a colheita são de Deus. Ele é que escolhe os frutos que Lhe apraz, não conforme a beleza e a aparência da fruta, mas de acordo com o beneplácito da Sua vontade e para o louvor da Sua glória.
Nós devemos nos preocupar com a semeadura, com o ensino, com a pregação. Certos de que existirão frutos que não serão por nossos méritos, nem para o nosso deleite, mas daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz.
Publicado em formato reduzido no boletim da Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo em Dezembro de 2008
Quão formosos os pés dos que anunciam coisas boas! Rm 10:15
Metonímia é uma figura de linguagem que consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Não com base em traços de semelhança, como na metáfora, mas por alguma relação lógica entre os termos. Calvino entendia que a figura dos pés formosos era uma metonímia.
Quando Isaías (52:7) fala dos pés formosos, expressão que Paulo vai lembrar os Romanos, ele se refere aos mensageiros que traziam as notícias do fim do cativeiro. Assim como nós levamos as notícias do fim da escravidão do pecado. Os mensageiros desciam os montes e chegavam com os pés cobertos de pó e de sujeira. Mesmo assim, eram os pés que traziam a notícia da salvação, tão maravilhosa que, até aquilo que aparentava ser feio se tornava belo.
Nós que fomos vocacionados e comissionados a levar essa mensagem refletimos essa beleza, que está em Cristo, não em nós.
Santa rebeldia
pois nós não podemos deixar de falar das coisas que temos visto e ouvido. At 4:20
Pedro e João, diante do sinédrio, não foram exemplo de rebeldia, mas de compromisso com a seara do Senhor, de pregar o evangelho da salvação. Um exemplo que nos mostra que a submissão, a obediência, não é sinônimo de um suicídio mental, de uma auto-hipnose, de uma obediência cega. Quantos e quantos irmãos são amedrontados por alguns, a apenas "obedecer" e nada mais, sem questionar? Talvez nos dias de hoje alguns diriam até que Daniel entrou da cova dos leões por que foi desobediente, rebelde, com o rei Dario. Alguns diriam que os leões só não o comeram "pela misericórdia", mas que Deus poderia ter permitido, por desobedecer. Quantas coisas ouviríamos de alguns crentes! Nem Daniel, nem Pedro e João eram obreiros fraudulentos, nem vasos covardes, para entregar o recado de Deus com ousadia somente para os humildes e temer os "grandes".
Sejamos obedientes às autoridades, dentro e fora da Igreja. De acordo com a Palavra de Deus, à luz das Escrituras. Mas saiba que, em primeiro lugar, o seu compromisso é com Deus. O Deus dos deuses e Senhor dos senhores
Senhor dos frutos
...mas Deus deu o crescimento. 1 Co 3:6
Muitos creram e, provavelmente, muitos não creram. O que diferencia uns dos outros? Não tinham ouvido a mesma mensagem, pregada pelos mesmos apóstolos? Não viram os mesmos sinais? No entanto, nem todos os que são alcançados pela palavra de Deus se arrependem e se convertem dos seus maus caminhos.
Paulo já dizia que plantamos e regamos o evangelho, mas que o crescimento e a colheita são de Deus. Ele é que escolhe os frutos que Lhe apraz, não conforme a beleza e a aparência da fruta, mas de acordo com o beneplácito da Sua vontade e para o louvor da Sua glória.
Nós devemos nos preocupar com a semeadura, com o ensino, com a pregação. Certos de que existirão frutos que não serão por nossos méritos, nem para o nosso deleite, mas daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz.
Publicado em formato reduzido no boletim da Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo em Dezembro de 2008
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