quinta-feira, 15 de maio de 2008

A glória do segundo templo


A glória dessa última casa será maior do que a primeira, diz o Senhor dos Exércitos; e, neste lugar, darei paz diz o Senhor dos Exércitos ( Ageu 2: 9)

Algumas vezes nós tentamos disfarçar um comportamento muito comum que nós temos. Outras vezes deixamo-lo extravasar até com alguns excessos. É o fato de nós sermos extremamente apegados às coisas materiais. Não se trata de sermos ambiciosos em relação à riqueza ou às grandes posses – mas das pequenas coisas .

Quem não tem um chinelo que, mesmo caindo aos pedaços, não é trocado por um novo ? Ou um utensílio doméstico totalmente ultrapassado que não é substituído por um mais moderno e eficiente porque é uma herança que ganhou dos pais ou dos avós.

Nós não somos diferentes disso no nosso relacionamento com a igreja, nos apegamos a prédios que nós usamos durante anos e que, em algum momento, deixarão de existir. Sentimos saudades das paredes que já estão trincadas, das salas apertadas e sem ventilação, dos banheiros minúsculos e desconfortáveis.

Não faltam pessoas que, olhando os templos de arquitetura mais moderna, comentam nostalgicamente que o antigo era mais acolhedor, os bancos mais duros e melhores para a coluna ou mesmo que a fachada antiga era mais “presbiteriana”.

Quando o povo de Israel estava reconstruindo o templo de Jerusalém, destruído durante as guerras que culminaram com o seu exílio , muitas pessoas começaram a criticar a construção dizendo que o templo antigo (construído por Salomão ) era mais glorioso que o novo.

Certamente, o templo de Salomão era mais rico , mais suntuoso e, provavelmente muito mais imponente. Muitos se sentiram desencorajados a continuar uma obra que não seria comparável ao edifício anterior. Deus repreende os descontentes questionando como poderiam fazer essa comparação se nenhum deles era vivo nos tempos do templo de Salomão ? No nosso caso, templos novos costumam ser maiores e melhores que o primeiro e muitas vezes vemos a derrubada de um para a construção de outro (eu já vi isso, muitos dos que me lêem também).

Deus garante que a glória do segundo templo será maior. Não porque os tijolos seriam melhores ou a decoração seria mais rica, mas porque seria o segundo templo que receberia a presença do Messias. Nesse segundo templo que o Cristo prometido iria andar, ensinar e repreender.

A glória desse e de qualquer outro templo que exista ou tenha existido é a presença de Jesus. É a presença d’Ele nos nosso corações que permite que um templo seja glorioso, porque as pessoas (estas sim a verdadeira Igreja ), e não tijolos e cimento, testemunham essa glória.

Que nós possamos sempre reconhecer a Igreja nas pessoas e não nos prédios, com a gloriosa presença de Jesus entre nós e seja qual for o templo, que seja instrumento para que possamos levar a mensagem da salvação a mais pessoas.

5 comentários:

Anônimo disse...

Não tenho ido a igreja faz muito tempo, missa eu nem lembro qual a última vez que fui. Em minhas férias há dois meses atrás fui a Florianópolis ficar uns dias com minha mãe e fui na igreja matriz, que é próximo da escola onde eu estudava. Ali senti paz comigo, senti que tudo que eu tinha de sofrimento do meu passado (aos quinze anos) ficava do lado de fora. Saindo da igreja fui até onde estudei, ali aconteceu o contrário, ali eu revivi tudo que passei anos pra esquecer. Apesar de ver a escola me fazer bem, igualmente fez mal... Sou duas mesmo, aos quinze anos fui obrigada a mudar tudo, fui do céu ao inferno em uma noite.
Que eu possa encontrar aquela paz em outras igrejas que não seja a matriz de Floripa...
Beijo, amigo.

Anônimo disse...

Fabião !!!

Pois é...fico aqui pensando o quanto isso é verdade, e o quanto outras verdades são mentiras, né ?
Comparar a glória da segunda casa ao que é estritamente material chega a ser medíocre...E quantas pessoas só condicionam esse texto a isso.
Nós aqui, por exemplo, com uma igreja que tem nome de sorveteria ou de creche, se formos vistos pela estrutura que temos, com certeza seremos os piores....rs...

Um "templo" com paredes sem reboco (se não tem reboco, nem tinta tem...rs)... Piso ainda no contra-piso, etc.

Mas o melhor é saber que essa glória do segundo "templo" (que muitos limitam a "casa material/pessoal") é a manifestação mais sublime da presença de Deus em nós...os verdadeiros "templos".

Como diria um pastor que conheci, chamado Zaqueu, sem querer ferir os ouvidos dos mais corretos na escrita:
" Nóis é vasu di barru, mais é ni nóis que tá Jesuis"

Abrá...

Rodrigo

Fábio Adiron disse...

Luiz

Mas esse barro um dia terá um corpo glorioso...enquanto outros materiais mais nobres vão virar pó...

Abraço

Anônimo disse...

O segundo templo ñ tinha presença divina! Como pode a sua presença divina ser muito mais expressa que a do templo anterior?

Anônimo disse...

Ageu está falando do terceiro templo. A tradução correta seria "nova casa" !