segunda-feira, 5 de maio de 2008

Os mortos e os vivos


Replicou-lhe, porém, Jesus : Segue-me, e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos Mt 8 : 22



O culto aos mortos está enraizado em muitas culturas e muitas religiões desde os tempos mais antigos. Não só os orientais cultuam os seus ancestrais mas também as nações indígenas e as religiões tribais mais primitivas de todo o mundo.

Existem dois conceitos por trás dessa crença, o primeiro é a de que os ancestrais podem, de onde estiverem, interceder junto aos “deuses” pelo bem estar , segurança e prosperidade dos vivos.

O segundo, oriundo da Igreja Católica Romana que incorporou o culto aos mortos tem o sentido oposto, ou seja, de que os vivos podem interceder pelo destino espiritual daqueles que já morreram, seja para tirá-los do inferno ou do limbo do purgatório. Para tanto é que se celebram missas de 7o. dia, de mês, de ano da morte e, principalmente o dia de Finados

Muitas vezes somos questionados pelo mundo sobre qual é o motivo não termos nenhum ritual que relembre ou cultue os nossos mortos. A explicação é muito simples :

Em primeiro lugar , não cultuamos os mortos, como o fazem os orientais, porque não acreditamos que eles possam interceder por nós, já que o nosso único e suficiente mediador é Jesus Cristo.

Em segundo lugar, não cultuamos os mortos porque não cremos que posssamos mudar o julgamento pelo qual eles já passaram, nem acreditamos que eles possam estar num estado intermediário e que dependam das nossas orações para a sua salvação.

Finalmente, o motivo mais importante de todos, é que nós acreditamos que eles não estão mortos, mas passaram da morte para vida , resgatados pelo sangue de Jesus. Estão vivos ao lado de Deus.

Nós acreditamos na vida, a nossa fé é a da ressurreição e , como seguidores de Jesus, deixamos que os mortos (espirituais) enterrem os seus próprios mortos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Tenho grande dificuldade com as crenças calvinistas, como já pude expressar outras vezes. Meu professor de N. Testamento disse que para poder criticar Calvino, precisaríamos ler a obra dele, mas se começássemos naqueles dias, morreríamos antes de ter lido, só o que ele escreveu sobre a predestinação.
Fiz algumas tentativas. Tenho As Institutas aqui a meu lado e talvez tenha lido mais sobre o calvinismo do que a maioria. Ainda assim, não me atrevo muito mais do que fazer piadas sobre o que não entendo. Sabe, algumas coisas não encaixam. A morte, por exemplo, para mim trata-se de um alívio indesejado, como parecia ao Apóstolo Paulo e foi para Cristo. Coisa estranha né? Sem falar que não quero ressurgir com esse corpinho ridículo, de jeito nenhum, como já disse antes.

Fábio Adiron disse...

Lou

Ainda bem que a promessa é a que teremos um corpo perfeito (não consigo imaginar o que seja e, tenho certeza, não tem nada a ver com os padrões estéticos da humanidade). Eu também não faço questão nenhuma de manter esse aqui...risos