sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Férias coletivas


Vou tirar um mês de férias e, durante esse período os blogs não vão ter atualização

O que não significa que você não possa visitá-los e ler algum dos 1.021 textos espalhados pelos 4 blogs que eu publico

Mens Insana

Inclusão: ampla, geral e irrestrita

Espicaçando o Marketing

Calvinistas, graças a Deus

Como alguns engraçadinhos tentam usar a área de comentários dos blogs para mandar spam e eu não estarei aqui todo dia para lê-los, durante esse período os comentários serão moderados antes da publicação, quando voltar tiro a moderação.

Um abraço a todos e até a volta

sábado, 19 de dezembro de 2009

Lições sobre a providência

É comum associar-se a Providência de Deus, até pelo fato da palavra providência significar cuidado, às obras boas de Deus. As pessoas pensam que providência é só o que Deus faz de bom, ou que as situações providenciais são somente aquelas que são agradáveis. Porém, o que vemos é que todas as coisas só acontecem de acordo com a vontade de Deus. Assim aprendemos uma palavra bonita: concurso, concorrer, que quer dizer, correr junto. Deus anda junto com todas as coisas que acontecem, sejam boas e ruins. Isto não quer dizer que Deus está executando coisas ruins, mas nenhuma coisa ruim acontece sem que Deus queira; não é só permissão, mas porque Deus quer que aconteça para uma finalidade que a gente saiba ou não. Quando estudamos as histórias bíblicas entendemos algumas, por exemplo, a história de José. Ele passou por uma série de coisas ruins: foi jogado no poço, vendido como escravo, tentado, preso; no final vimos que todas essas coisas concorreram para algum objetivo de Deus. Quando acontece em nossa vida não dá para entendermos porque passamos pelo momento desagradável, porque não temos a visão do todo. Temos a Palavra de Deus afirmando: todas as coisas cooperam para o nosso bem, nós que amamos a Deus.

Aprendemos também que só pode entender, só pode aceitar, só pode viver religiosamente bem com a história da Providência, quem tem convicção absoluta da Soberania de Deus. Se não entendemos, se não aceitamos, se eu não concordamos que Deus é soberano sobre todas as coisas, nunca entenderemos a Providência de Deus. A Providência de Deus está intimamente ligada à Soberania de Deus.

Já vimos que a Providência de Deus está relacionada com todas as doutrinas; Soberania, Onipresença, Onipotência, Onisciência, ou características do Ser de Deus. Com Seus atributos é que Deus opera a Providência. A Providência é uma doutrina pouco estudada por alguns motivos: primeiro, por motivos filosóficos. A partir do século 18, filósofos, historiadores e cientistas começaram a falar em “mãe natureza”. Dizem que todas as coisas naturais têm uma explicação natural; a natureza explica todas as coisas que acontecem na natureza, significando que Deus não precisa participar dessa história. Ou seja, a tal da mãe natureza substitui Deus. Há uma coisa mais forte do que isso, que é o humanismo no sentido de “o homem é o centro de todas as coisas”. E assim o homem se torna o soberano sobre a sua vontade, a sua vida, sem precisar de Deus. Aqueles que defendem essa história da mãe natureza e do humanismo acreditam num Deus Transcendente, ou seja, num Deus que chegou, criou todas as coisas, foi para o céu e lá ficou, deixando que “mãe natureza” cuide da criação. Não nos preocupa aqueles que pensam assim e vivem longe de Deus; nos preocupamos com aqueles que estão perto de nós, dentro da nossa Igreja, que acham que o homem toma as rédeas da situação e as decisões. Vejam os livros de auto-ajuda cristã. O que é auto-ajuda? É o poder de se ajudar a ser auto-suficiente. Em português temos a palavra oximoro que significa paradoxismo, figura que consiste em reunir duas expressões opostas entre si; auto-ajuda cristã é uma dessas figuras, porque, ou confiamos em Deus para nos ajudar ou achamos que nós mesmos podemos resolver nossos problemas. Além das questões filosóficas, há as históricas. No século 20, o século da tecnologia e da comunicação, exacerbou o que sabemos sobre as desgraças do mundo, o que levou muita gente a achar que Deus não estava mais no controle dos fatos, da história. A importância da doutrina da Providência é sabermos que Deus está no controle de tudo e de todos, como diz o Salmo 46 e o Salmo 146 “sabei que eu sou Deus...o Senhor reina para sempre” Na Sua Providência Deus está usando todos os Seus instrumentos para cuidar do objeto da providência divina: toda a criação.

João 1.1-3 – No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, E o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez.

Ele estava no princípio; todas as coisas foram feitas por meio dele, ou seja, Ele estava lá criando junto; Ele está cuidando providencialmente junto.

Hebreus 1.3 – Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do Seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do Seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direta da Majestade, nas alturas.

De quem estamos falando? De Jesus, especificamente de Jesus. Havendo Deus, outrora, muitas vezes falado aos pais pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Seu Filho, Ele que é a expressão exata da Sua glória, sustentando todas as coisas. O que é sustentar? Cuidando, mantendo, conservando, portanto, Agente da Providência de Deus. Jesus não é só aquela Pessoa que veio, fez o trabalho do sacrifício da salvação, foi para o céu e está sentado à direita de Deus sem fazer nada. Jesus está na origem, no meio e no fim de todas as coisas, porque Ele é Deus.

Colossenses 1.17 – Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.

Ele é antes de todas as coisas e n’Ele todas as coisas subsistem. Por quê? Porque, quando falamos da conservação providencial de Deus, nem sequer subsistiríamos sem o cuidado providencial de Deus Pai e de Deus Filho.

Salmo 104.27-30 – Todos esperam de Ti que lhes dês de comer a seu tempo. Se lhes dás, eles o recolhem; se abres a mão, eles se fartam de bens. Se ocultas o rosto, eles se perturbam; se lhes cortas a respiração, morrem e voltam ao seu pó. Envias o Teu Espírito, eles são criados, e, assim, renovas a face da terra.

Deus dá vida às coisas sem vida. Se Ele se recolhe a vida vai. Ele dá a vida através do Seu Espírito. A providência não só faz parte do plano da salvação, mas de todas as coisas que acontecem com todo mundo, não só com os salvos. A Providência é triúna. Ela tem algumas características.

Salmo 145.17 – Justo é o Senhor em todos os Seus caminhos, benigno em todas as Suas obras.

Deus é justo e perfeito em todas as Suas obras. Portanto, justo e perfeito nas obras da Providência. Todas. Há coisas que achamos tão más que pensamos que Deus não deveria estar olhando para aquilo. Como Deus está em todo lugar e que vê todas as coisas, então sabemos que Deus está lá concorrendo para que aquilo acontecesse ou permitindo que acontecesse. E se Ele concorre deixando que alguma coisa ruim aconteça, mesmo assim essa ação será justa, santa e perfeita, aos olhos de Deus. Sempre volto para a história de José. O que aconteceu com José foi algo muito ruim, mas Deus, em todas as Suas ações é justo, santo e perfeito. Quando lemos a história dos babilônios, persas, assírios, vemos toda a espécie de perversidade que cometiam! Eram cruéis! Terríveis! E fizeram isso com o povo de Israel e com todos os outros povos. E isso estava dentro dos objetivos de Deus.

Isaías 28.29 – Também isso procede do Senhor dos Exércitos; Ele é maravilhoso em conselho e grande em sabedoria.

Ele é maravilhoso! O que estava acontecendo na época de Isaías? A profecia de Isaías avisava o povo: “O exílio está chegando. Vocês serão castigados. Vocês vão sofrer”. Isto procede do Senhor que é maravilhoso e grande em sabedoria. Por isso afirmamos que a Providência só pode ser compreendida quando temos plena convicção da Soberania de Deus.

Daniel 4.35 – Todos os moradores da terra são por Ele reputados em nada; e, segundo a Sua vontade, Ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?

Todos os moradores são nada. Nós somos nada. Por que a Doutrina da Providência não costuma ser popular? Porque vivemos em uma falsidade humanista em que o homem é o centro: “Eu que resolvo, eu que faço, eu que mando, eu que quero”. Quando reconhecemos a Soberania de Deus, reconhecemos que Deus é tudo e somos nada. São palavras de Nabucodonosor, ele está dizendo que somos nada. Depois de se achar muito grande e poderoso ele foi comer grama como animal.

Provérbios 21.1 – Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do Senhor; este, segundo o Seu querer, o inclina.

A providência de Deus é sábia, mas também poderosa. O coração dos poderosos vai para o lado que Deus manda. A vontade dos soberanos da terra está nas mãos de Deus.

2º Reis 19.28 – Por causa do teu furor contra mim e porque a tua arrogância subiu até aos Meus ouvidos, eis que porei o Meu anzol no teu nariz e o meu freio na tua boca e te farei voltar pelo caminho por onde vieste.

Depois que o reino de Israel se dividiu, o Reino do Norte, Israel, teve várias dinastias, porque matavam os reis e se apossavam do trono, e todas longe de Deus. Em Judá tem uma única dinastia, que é a linhagem de Davi; alguns reis andaram com Deus e outros não andaram com Deus. Ezequias foi um dos que andou com Deus. Senaqueribe desafiou Deus, o Santo de Israel. A Providência de Deus é santa, sábia e poderosa.

Jó 34.14-15 – Se Deus pensasse apenas em Si mesmo e para Si recolhesse o Seu espírito e o Seu sopro, toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria para o pé.

Há pessoas que acreditam que Deus criou uma máquina chamada “mãe natureza” para cuidar da criação. A pessoa que pensa que Deus não está no controle de todas as coisas sendo o soberano da história e da vida de toda a criação, ela não tem a menor necessidade da chamada Providência de Deus. Por quê? Porque Deus já colocou a “máquina” para funcionar. Ela pensa que com a criação Deus criou uma máquina perfeita que governa perfeitamente a criação, funcionando independente da participação de Deus. A criação de Deus é tão perfeita que ela funciona sozinha! São pessoas que acreditam no Deus Santo, Sábio, Poderoso e Criador de todas as coisas; mas, depois de ter criado tudo voltou para o céu e deixou a criação por sua própria conta, deixou o homem dirigindo o seu próprio destino. Se Deus não continuasse trabalhando, nós, não passaríamos de um dia. Se Deus não estivesse permanentemente cuidando de toda a criação, toda ela pereceria. O que é que tem de ser cuidado? Toda a criação. Tudo o que se desgasta, que envelhece, que morre. Deus não precisa de Providência; Ele é Eterno, Imutável, Santo, Poderoso e basta a Si mesmo. A Providência é em relação às obras da criação. Deus não é obra da criação.

1ª Timóteo 6.16 – o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A Ele honra e poder eterno. Amém!

O único que é Eterno, que é perfeito. O que podemos fazer para nos guardar?

Salmo 104.27-29 – Todos esperam de Ti que lhes dês de comer a seu tempo. Se lhes dás, eles o recolhem; se abres a mão, eles se fartam de bens. Se ocultas o rosto, eles se perturbam; se lhes cortas a respiração, morrem e voltam ao seu pó.

Ninguém morre fora de hora. A Providência é santa, sábia, poderosa, triúna e necessária. Sem ela não sobreviveríamos. A Providência é imediata, ou seja, sem mediação, quando Deus executa diretamente a ação providencial. Ela é mediata, ou seja, com mediação, quando Deus usa qualquer coisa da criação para atingir os objetivos de Deus mesmo. A intervenção de Jesus é imediata, pois é Deus executando a Providência. Jesus é o Mediador entre Deus e os homens, mas Ele também é Deus. Deus usa como Seu instrumento para a providência aquilo que Ele criou: a natureza, o ser humano, os anjos. O próprio Jesus quando usa algo, como Deus, a Sua Providência é mediata. Por exemplo: na multiplicação dos pães Ele usou pães e peixes. Quando disse a alguns: Vai, está curado. É uma ação imediata, porque não lançou mão de coisa nenhuma. Há naturalistas querendo explicar com fenômenos naturais a revoada de codornizes sobre o acampamento de Israel. Elas estavam lá porque Deus quis.

Oséias 2.21-22 – Naquele dia, eu serei obsequioso, diz o Senhor, obsequioso aos céus, e estes, à terra; a terra, obsequiosa ao trigo, e ao vinho, e ao óleo; e estes, a Jezreel.

Deus diz que faz o ciclo acontecer de forma que começa imediata, quando Ele será obsequioso aos céus, depois continua mediata, porque um será obsequioso ao outro; será bem sucedido, será feliz, será próspero.

Salmo 104.14 – Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão.

Cresce porque Deus faz crescer.

2º Crônicas 14.11 – Clamou Asa ao Senhor, seu Deus, e disse: Senhor, além de Ti não há quem possa socorrer numa batalha entre o poderoso e o fraco; ajuda-nos, pois, Senhor, nosso Deus, porque em Ti confiamos e no Teu nome viemos contra esta multidão. Senhor, Tu és o nosso Deus, não prevaleça contra Ti o homem.

Não há ninguém, além de Deus, que possa fazer alguma coisa, que possa ajudar. Além de imediata e mediata, há outros dois modos: a providência ordinária, comum e a extraordinária, assim chamada aos nossos olhos, porque aos olhos de Deus toda a providência é ordinária, é comum; faz parte da Sua própria natureza. O Salmo 148 fala dessa providência ordinária de Deus, que cuida de tudo, das pequenas coisas, do nosso dia-a-dia, da nossa sobrevivência, do nosso sustento. Chamamos de milagre aquilo que é a providência extraordinária de Deus; mas é aos nossos olhos, nossa percepção, porque o milagre para nós é tudo aquilo que para o nosso entendimento contraria a natureza física das coisas. A providência ordinária pode ser de forma mediata ou imediata. Chamamos de Providência Ordinária tudo o que acontece todo o dia, no dia-a-dia; e Providência Extraordinária aquilo que chamamos de milagres.

Há seis grandes elementos da Providência: Preservação, Provisão, Direção, Governo, Retribuição e o Concurso Providencial de Deus.

Preservação significa: Deus, manter vivo, enquanto for da vontade d’Ele, aquilo que Ele quer; porque é preciso entender que há coisas diferentes da provisão. Provisão é prover de recursos a pessoas, ou a natureza. Preservação é como Deus mantém, como conserva existente a criação. Aqui é como Deus provisiona o dia-a-dia. Veremos qual é a diferença entre Deus dirigir e Deus governar. Quando fala de dirigir, está se referindo a direção que Deus dá individualmente a cada ser. Quando fala de governo está se referindo a coletivos ou seja, as nações. A Retribuição Providencial de Deus inclui tanto a retribuição do pecado como da obediência. E finalmente o Concurso Providencial de Deus, que é o fato de Deus concorrer, estar junto de todas as coisas que acontecem.

Imagem: reprodução de quadro de Virginia Susana Fantoni Ribeiro

Aula ministrada na Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo

Transcrição da Missionária Heloísa Martoni

Bibliografia usada na preparação da aula:
A providência – Rev Héber Carlos de CamposAs Institutas – João Calvino
Razão da Esperança – Rev Leandro Antonio de Lima
Teologia Sistemática – Louis Berkhof
(todos da Cultura Cristã/CEP)


As citações Bíblicas são da tradução de Almeida - revista e atualizada - Sociedade Bíblica do Brasil

domingo, 13 de dezembro de 2009

Faze-nos deuses

…e o povo assentou-se para comer e beber, e levantou-se para divertir-se.” (Ex 32:6b)

As festas judaicas têm a característica de serem longas e alegres. É um povo que gosta de comer, beber, ouvir música, dançar. Mesmo as festas religiosas são assim. No entanto, nem sempre as festas judaicas , mesmo as religiosas, tiveram origens corretas ou se dirigiram ao único e verdadeiro Deus.

Como todo povo impaciente - e as pessoas são impacientes e ansiosas - vendo que Moisés demorava para voltar do Sinai os israelitas pediram a Arão que fizesse um outro deus pois aquele que os tirara do Egito com mão forte e poderosa parecia ter ficado quieto. Assim que o bezerro de ouro ficou pronto foi adorado e o povo comeu, bebeu e divertiu-se.

O Carnaval também é uma festa de origem religiosa. Também tem origem na ansiedade do povo cristão. Como a Igreja determinou que ninguém deveria comer carne durante os 40 dias que antecediam a Páscoa, a própria Igreja instituiu , durante a Idade Média, que o último dia antes da abstenção seria a festa da carne - “carnaval” significa, originalmente, a remoção da carne.

O que era literal ( carne, alimento) foi aos poucos tornando-se simbólico. O carnaval foi se tornando a festa onde os pecados da carne estavam liberados, seriam perdoados na 4a. feira sob o simbolismo das cinzas e , “purificados”, as pessoas voltariam a ser piedosas durante a quaresma.

Da mesma forma que os judeus durante a peregrinação no deserto, adora-se outros deuses. Da mesma forma Deus está dizendo : “ …o teu povo se corrompeu e se desviou do caminho que eu lhes havia ordenado…” Os deuses que são adorados nessa festa são conhecidos , “e são : prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria…bebedices, glutonarias e cousas semelhantes a estas .” ( Gl 5:19-21)

Você pode até achar o carnaval uma festa bonita e colorida, você pode dizer que só acha bonito o desfile, que só ficou vendo aquele baile na TV por que não tinha outro programa...lembre-se que a Bíblia nos ensina que a pratica e a conivência com a prática do pecado são a mesma coisa. Tenha consciência de que Deus já declarou e preveniu no passado e continua avisando no presente: não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Corpos perfeitos?

Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? I Co 6:12-20

Nos dias de hoje existe uma preocupação exagerada a respeito do corpo. Muitas pessoas passam a vida em busca do elixir da eterna juventude nas academias de ginástica, nas clínicas de endocrinologistas e nas mesas de cirurgia plástica. A Bíblia nos ensina que devemos cuidar do corpo, afinal é nele que habita o Espírito de Deus. Ao mesmo tempo, também ensina que não podemos colocar nada acima do louvor a Deus, nem o corpo onde Ele habita.

Paulo escrevendo aos Coríntios se defrontava com duas questões relativas ao corpo. De um lado a preocupação alimentar judaizante que pregava que determinados alimentos faziam mal espiritualmente ao corpo (naquela época eles ainda não sabiam o que era colesterol...).

De outro lado, a influência dos cultos pagãos de fertilidade, onde se praticavam relações sexuais com prostitutas (destinadas para esse fim) como parte do culto.

A cultura grega separava totalmente o corpo do espírito. A cultura judaica que entendia que o corpo era mais do que a casca exterior. Uns entendendo que, se o corpo volta ao pó, nada que é feito com ele afeta a vida espiritual, outros que a renúncia a quaisquer prazeres carnais os levaria à salvação (o mesmo Paulo vai alertar Timóteo sobre isso em I Tm 4:1-5).

A saúde espiritual do corpo sempre é colocada em evidência na Bíblia. Não adianta nada um corpo sarado e marombado para usá-lo de forma inconveniente diante de Deus.

Não temos abertamente cultos com atividades sexuais, mas quantos não estão procurando o corpo perfeito como forma de promover sua promiscuidade sexual, acreditando que quanto mais desejáveis forem, mais parceiros poderão conquistar? Que alimentam seus egos através do seu desempenho sexual (basta parar na frente de uma banca de jornal e ler as capas de revistas masculinas e femininas com fórmulas mágicas para se tornarem melhores na cama) ?

São valores que a sociedade promove continuamente através da mídia. Quanto mais melhor, para poder ter mais é preciso um corpo que se adeque aos valores estéticos desses tempos.

Em relação aos alimentos a Bíblia é clara, nada do que entra pela boca é, a princípio, condenável. Condenáveis são os excessos como a bebedeira ou a glutonaria. Condenável é se deixar controlar pelos alimentos ou pela busca incessante do corpo perfeito. Corpo perfeito nós só teremos quando recebermos um novo corpo incorruptível (1 Co 15:35-49).

Isso não significa que podemos abandonar nossos corpos sem cuidados. A regra fundamental é a do domínio próprio para que apresentemos nossos corpos em sacrifício vivo e agradável a Deus em nosso culto (Rm 12:1).

Mesmo quando nosso corpo estiver chegando aos seus momentos finais, não cabe a nós determinarmos o seu fim. Nenhum argumento (dizer que a batalha está perdida, que a doença não tem volta, que não quer perder a dignidade ou envergonhar a família) justifica que o homem destrua o seu próprio corpo.

O homem ou a mulher perfeita não se definem pelas formas e capacidades do seu corpo. Estamos cuidando do corpo como mordomos daquilo que Deus nos deu, ou estamos adorando o corpo ao invés de Deus? Cuide do seu corpo, afaste-o da idolatria, não o deixe se degradar quando você pode mantê-lo saudável. Mas nunca esqueça que ele não é seu, e que o dono vai pedir contas de como você cuidou dele.

domingo, 29 de novembro de 2009

Judas e os enganadores

Comece sua leitura longe dessa tela. Pegue sua Bíblia e leia a epístola de Judas. São 24 versículos no finalzinho do Novo Testamento, o último livro antes do Apocalipse.

O Judas que escreve essa carta não é o Judas, filho de Tiago (também chamado de Tadeu) nos evangelhos. Esse se identifica na sua carta como irmão de Tiago (Mt 13:55), portanto, também irmão de Jesus.

Ele é humilde o suficiente para não usar essa relação familiar como atestado de autoridade. Não é do tipo que diria: "sabe com quem você está falando?". Pelo tema da carta, supõe-se que a tenha escrito depois do ano 50 d.C.

O tema lembra muito a preocupação de Pedro e de Tiago nas suas cartas: os falsos mestres que surgiam dentro da Igreja. Pessoas que diziam que a salvação era alcançada pelo conhecimento intelectual sobre Cristo (gnosticismo), que alegavam que o pecado não era assim tão ruim e podia ser facilmente removido. Pessoas que definiam a igreja como um corpo de pessoas iluminadas e detentoras dos mistérios de Deus (II Pe 2:1-3).

Você já viu esse filme recentemente? Tenho certeza que sim.

Ele mesmo diz que os crentes já tinham sido avisados que isso iria acontecer. Não podiam se deixar enganar.

Assim como não podemos nos deixar enganar por aqueles que hoje manuseiam (e bem) a Palavra só para nos confundir e defender suas sinecuras.

Não faltavam exemplos na história mostrando que os maus se infiltravam para conturbar o ambiente. Judeus que não acreditaram que podiam entrar na Terra prometida(IICo 10:5, Hb 3:17, Nm 14:29-30); Anjos rebeldes (II Pe 2:4); Sodoma e Gomorra(Gn 19:1-24); Falsos Mestres(II Pe 2:10); Caim, Balaão, Coré.

A carta não fala só dos maus exemplos, mas nos orienta como proceder nessas situações.

Antes de mais nada precisamos ter os olhos bem abertos para identificar aqueles que introduzem perturbação e só cuidam de si próprios. São nuvens que tapam o sol, mas não deixam chover para que a terra seja regada.

O que pode nos defender é a maior de todas armas cristãs, a edificação. Conhecer profundamente a Palavra ( e não conhecer a palavra dos falsos mestres), ter um vida de oração e de comunhão com Deus.

Devemos manter distância deles, mas só isso não basta, não podemos deixar de livrar os inocentes, aqueles que ainda bebem só leite, das suas garras.

Aquele que é poderoso para nos guardar dos enganadores, é o único digno de de glória, majestade, império e soberania. O resto é invenção de homens.

domingo, 22 de novembro de 2009

Quase convertido...

Antes de continuar, leia Atos 26:1-32

Muitas vezes nos perguntamos por que certas pessoas nunca se convertem. Pessoas que estão envolvidas com o povo de Deus, por parentesco ou amizade. Que frequentam a igreja onde aprendem a palavra e conhecem testemunhos reais e sinceros dados por seus familiares ou conhecidos.

Não conseguimos entender como que elas não são tocadas por sermões geniais, por cânticos emocionantes ou pela vida cristã de quem está ao seu lado. Entendemos menos ainda como é que essas pessoas, mesmo sendo alvo de orações por muitos anos, nunca se arrependem dos seus caminhos longe de Cristo.

Algumas delas chegam mesmo a dar sinais de que poderiam se converter, mas sempre falta um pouquinho para o passo decisivo.

Essas pessoas não são as primeiras, nem serão as últimas a passar por essa situação. Temos uma situação muito semelhante no começo da era cristã.

Paulo estava preso em Cesaréia, aguardando ser enviado para Roma. Os dois governadores romanos que o mantiveram preso (Félix e Festo) sabiam que não havia nenhuma questão legal que justificasse a prisão de Paulo, mas o mantinham lá para não desagradar os judeus e, ao mesmo tempo, para protegê-lo dos mesmos judeus que queriam matá-lo.

Um certo dia, Agripa II, rei da região da Cilícia (a mesma de Paulo) e judeu colaboracionista com o governo romano, vem visitar Festo. Esse, sabendo que Agripa era conhecedor das leis e das tradições judaicas lhe expõe o caso de Paulo. Agripa pede para conhecê-lo e o apóstolo é trazido ao governador e ao rei.

Paulo não tinha nada a perder, já tinha apelado a Roma. Faz um discurso que não é uma defesa jurídica, mas um testemunho cristão. Agripa o ouviu atentamente e, quando Paulo encerrou seu discurso, declarou que por pouco não tinha sido persuadido a tornar-se cristão.

Por que por pouco? Agripa era um homem envolvido com o povo de Deus, conhecia os profetas e as promessas, acabara de ouvir um testemunho real e sincero de um dos maiores evangelistas de toda a história. Todas as condições eram favoráveis à sua conversão. Mas ela não aconteceu.

Não sabemos quais foram os motivos que impediram Agripa de se converter, assim como não sabemos por que isso acontece com tantas pessoas. Mas podemos imaginar hipóteses.

A primeira é a de que Agripa não era a pessoa certa. Deus é soberano na eleição. Todos nós nos perdemos em pecados e como pecadores não temos nenhuma capacidade de fazer escolhas espirituais. Para alguns isso soa injusto mas não podemos nos esquecer de que se a justiça fosse aplicada sobre nós, todos estaríamos condenados à morte eterna. Só mesmo a graça de Deus para escolher alguns para a salvação.

Outra possibilidade é de que não fosse o momento certo. Deus é soberano no tempo. Jacó conviveu anos com Deus, mas foi se converter já velho, voltando para Canaã. Paulo testemunhou a pregação de muitos mártires, mas não foi nesse momento que teve seu encontro com Cristo. Judas conviveu pessoalmente por muito tempo todo com Jesus e se perdeu, o ladrão da cruz teve poucos minutos antes de morrer para reconhecer Cristo como seu Senhor, e se salvou.

Por fim, é possível que a mensagem não fosse a certa para tocar o coração de Agripa. Deus é soberano na forma de conversão. Não é oratória bonita, nem linguagem adequada, nem testemunho comovente que transformam o coração do pecador, mas a ação do Espírito Santo. Conversão não é mérito de quem evangeliza.

A pergunta que fica é: se o que fazemos não é o que leva os homens a Cristo, qual é a nossa função?

Nós não sabemos quem são os eleitos, mas sabemos que temos a missão de levar o evangelho a toda criatura.

Nós não sabemos qual é a hora certa, mas fomos instruídos a pregar em todo tempo, quer seja oportuno ou não.

Nós não sabemos a forma certa, mas não podemos partir do princípio que algum meio é melhor que outro, se calarmos as próprias pedras clamarão.

Podemos orar para que o Espírito Santo toque o coração das pessoas, mas sem nunca esquecer que a soberania é de Deus, não nossa.

Cabe a nós obedecermos aquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.

domingo, 15 de novembro de 2009

A páscoa

A Páscoa, seja ela do judeu, seja a nossa Páscoa, desde aquele tempo, é a festa mais importante do povo de Deus.

Páscoa, em hebraico, pesach, significa “passar por cima”, no sentido de poupar. Quem passou por cima de todas as casas dos israelitas foi o anjo do Senhor. Estamos falando de uma passagem, que é muito mais do que a simples passagem pelo mar Vermelho! Não que a passagem pelo mar foi simples. Definitivamente não foi. Porém, é muito mais do que isso, porque é uma passagem de um estado para outro estado. Assim como a nossa Páscoa é a passagem de um estado para outro estado. A passagem do estado de escravidão para o estado da liberdade na terra que o Senhor dará. Assim. Nós também passamos do estado de escravidão do pecado para a liberdade em Cristo Jesus, a caminho da Terra Prometida, a Pátria Celeste. Em ambos os casos, tanto o povo judeu como nós, os cristãos, depois da passagem e antes da Terra Prometida, temos um tempo intermediário que passamos a viver pela esperança. É a nossa esperança. Os israelitas chegaram à Terra Prometida, Canaã. Nós também chegaremos.

Vamos ver algumas coisas que são simbólicas. Na Bíblia não existe coincidência. Em que época do ano se deu esse fato? No mês de Abibe, que passou a ser o primeiro mês do ano; no calendário atual, março ou abril, que no hemisfério norte é saída do inverno para entrada da primavera. O inverno, no hemisfério norte, é uma estação associada a uma situação de morte, tem a simbologia de morte; tudo coberto de neve é como se a natureza estivesse morta. A primavera tem a simbologia de nova vida, de renascimento. A Páscoa aqui é na mesma época, porque, como a Bíblia diz, Jesus estava indo para celebrar a Páscoa em Jerusalém, para a comemoração do Pesach. Há alguns fatos da crucificação de Jesus que estão ligados à Páscoa, como tirá-lo da cruz antes do fim do dia.

Qual era o preparativo para esse Pesach? Um cordeiro, pães asmos (sem fermento), ervas amargas, lombos cingidos, sandálias nos pés, cajado na mão e o SANGUE. Os lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão se ligavam à viagem que empreenderiam, estavam prontos para caminhar. Com a celebração da Páscoa é o cordeiro, as ervas, os pães e sangue. A Páscoa é uma refeição. Para nós é também. Qual é a nossa refeição? A Santa Ceia. A Ceia que Jesus instituiu quando Ele comemorou a Páscoa com os Seus discípulos e separou dois elementos da ceia como símbolos para celebrar a nova Páscoa.

A Páscoa do judeu é esta refeição de um cordeiro perfeito, que será sacrificado e tirado o sangue. Por quê? Porque não existe remissão de pecado sem sangue (Hebreus 9.22). O cordeiro seria assado e acompanhado com ervas amargas para lembrarem o sofrimento da escravidão. Essa erva era um memorial dos tempos de amargura. O cordeiro assado com a gordura, pois a gordura é o que dá sabor à carne. Quando se queima a gordura sai o aroma, por isso em todos os sacrifícios a gordura era queimada em oferta de aroma agradável a Deus. O sangue era para ser derramado para o sacrifício e não ingerido. O pão sem fermento, porque o fermento é símbolo de corrupção. Um pouco de fermento leveda toda a massa. Sem fermento significa: sem o fator que corrompe a farinha.

O sangue foi espargido nos umbrais das portas. O umbral tinha uma simbologia não só judaica- cristã, mas dos cultos pagãos também, porque o umbral é o que mostra a entrada da minha casa, mostrando aquilo que eu creio e aquilo que eu sou.

Deuteronômio 6.9 – E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.

Escrever nos umbrais da porta de casa a Palavra de Deus. O Senhor está dizendo: tenha isso no lugar em que você passa toda hora, todo o dia, para memória, para se lembrar do compromisso com Deus. Anos mais tarde o que o povo colocou atrás das portas?

Isaías 57.8 – Detrás das portas e das ombreiras pões os teus símbolos eróticos, puxas as cobertas, sobres ao leito e o alargas para os adúlteros; dizes-lhes as tuas exigências, amas-lhes a coabitação e lhes miras a nudez.

Os símbolos eróticos se relacionavam com os cultos pagãos, pois as religiões pagãs tinham o erotismo como símbolo da fertilidade, para adorar um deus que fosse dar fertilidade para a terra, o rebanho e o povo. Era uma horrível forma de idolatria.

O Pesach é uma refeição, tem toda a preparação dessa refeição, e durante essa refeição vai acontecer uma passagem, mas essa refeição tem algumas características de como participar dela. O participante começaria a se preparar sete dias antes tirando todo o fermento de casa. Se o cordeiro fosse grande para a família, deveria convidar outra família; nada podia sobrar do cordeiro, o que sobrasse deveria ser queimado. Não podia quebrar os ossos desse cordeiro.

No final de todo esse episódio, o povo foi tirado da escravidão, levado para a terra prometida, e o ano começava celebrando a Páscoa. O povo perdeu essa sincronia, porque hoje o ano judaico começa perto do Iom Kipur, a Festa de Purim, e não da Páscoa. O calendário judeu difere do nosso, porque a cada quatro anos temos um ano com 366 dias, o ano bissexto; no deles tem um ano com 13 meses a cada determinado tempo, para compensar as seis horas que faltam para completar o ano.

Além de ser a festa mais importante dos judeus e dos cristãos, a Páscoa é um memorial. A Páscoa não vai fazer acontecer alguma coisa, não vai criar novas ações, novos milagres, ela é uma Festa de lembrança. Sempre que participamos da Ceia, como disse Jesus: fazei isso em memória de Mim.

Quatro mil anos depois, o Senhor Jesus comemora a Páscoa dos judeus, junto com Seus discípulos. Foi uma refeição normal de Páscoa, como Deus havia determinado. Mas, naquele dia, o Senhor Jesus tomou dois elementos e os tornou símbolo da Páscoa cristã.

Para a nossa Páscoa, comemorada na mesma época, temos o Cordeiro sacrificado, na pessoa de Cristo Jesus, Seu sangue derramado e Seus ossos não foram quebrados. O Cordeiro inicia perfeito e acaba totalmente consumido; tanto que quando o soldado abriu o lado com uma lança, saiu água.

Então, temos o Cordeiro perfeito, sacrificado, mas não temos ervas amargas, não para nós, mas teve para Jesus. É um memorial para nunca esquecermos o sacrifício de Jesus por nós.

Hebreus 7.26-28 – Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como Este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a Si mesmo se ofereceu.

Um sacrifício completo, suficiente e definitivo. O sacerdote precisava sempre oferecer primeiro um sacrifício por seus próprios pecados e depois outro pelo povo, e isto todos os anos. O de Jesus foi único, completo, perfeito, suficiente e definitivo.

O pão passou a simbolizar a carne, o corpo de Cristo, que Jesus entregou por nós; e o vinho passou a simbolizar o sangue de Jesus derramado por nós. A Santa Ceia é um memorial da nossa redenção.

Embora, todos os anos comemoramos a Páscoa na época certa, toda vez que participamos da Santa Ceia estamos celebrando a Páscoa cristã. A Páscoa é um memorial, a lembrança que temos de fazer todos os dias.

domingo, 8 de novembro de 2009

Mordomos infiéis

Por isso, a maldição consome a terra, e os que habitam nela se tornam culpados; por isso, serão queimados os moradores da terra, e poucos homens restarão. Is 24:6

O clima está nos jornais todos os dias. E não é de hoje que o assunto é pauta obrigatória na mídia. Em 1992 acontecia no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas para o meio ambiente e o desenvolvimento. O protocolo de Kyoto, para controle da poluição é discutido desde 1988, já atingiu sua maioridade legal sem que nada tivesse mudado de forma significativa.

Os problemas da Terra são muitos, mas podemos nos concentrar nos três mais impactantes. O efeito estufa, provocado pelo excesso de gás carbônico, que está elevando as temperaturas do planeta. O crescimento buraco na camada de ozônio que nos protege dos efeitos nocivos dos raios solares, e as chuvas ácidas, carregadas venenosamente de poluentes. Existem outros: poluição de mananciais, extinção de espécies animais e vegetais, uso de recursos não renováveis.

O mais interessante dessa história toda é que não existe quem não conheça as soluções para esses problemas, mas cada um só pensa nos seus benefícios de curto prazo (afinal, estaremos mortos quando o problema não tiver mais solução, não é mesmo?)

Apesar de ser um tema crucial para a sobrevivência da humanidade, esse é um assunto sobre qual as igrejas não passam nem perto. Por que não ouvimos nenhuma manifestação dos líderes religiosos (de qualquer crença, diga-se de passagem)? Será que não temos nada a dizer? Ou será que não conhecemos suficientemente a Bíblia para falar a esse respeito?

Por que alguns crentes afirmam que, se a Terra vai ser destruída no final dos tempos nós estamos só dando uma mãozinha para Deus para que a destruição seja mais rápida?

Quando Deus criou todas as coisas (Gn 2:26-31) Ele deu ao homem a função de mordomo da criação. Poderia usar todas as coisas para o seu sustento, mas com a responsabilidade de cuidar do que lhe fora confiado. Na sequência, o homem pecou, contaminou a Terra com as consequências do seu pecado. Deus então ameaça destruir todas as coisas (Gn 6:5-7), mas acaba preservando tanto a raça humana como a criação e reitera a nossa função de mordomos (Gn 9:1-3)

Claro, o homem continuou a não exercer a sua tarefa, por um único motivo: o pecado. Longe de Deus o homem se considera como proprietário e não mordomo da Terra. Tem a pretensão de se igualar a Deus, não poucas vezes afirmando que cabe ao homens sustentar o planeta (tarefa exclusiva do próprio Deus, conforme Jesus declara em Mt 6:26, 30).

O homem que se acredita auto-suficiente na proteção do meio-ambiente, que supõe não precisar de ajuda para cuidar daquilo que imagina ser dono, vai continuar a destruir o planeta. O pecado continuará a afetar não somentes os seres humanos, mas tudo que está à sua volta (Is 24:1-6). Nada restará.

No entanto, como cristãos, conhecedores da tarefa que nos foi dada, devemos lembrar que, enquanto essa Terra existir, nós somos mordomos de Deus, que vai nos cobrar pela nossa obediência. Podemos não resolver sozinhos o efeito estufa, mas temos de cuidar daquilo que está ao nosso alcance.

E, principalmente, levar sempre adiante a mensagem de quem realmente é o Senhor de todas as coisas, inclusive do planeta: Sl 24:1

domingo, 1 de novembro de 2009

Os caminhos de Tessalônica - Final

1. A volta do Senhor

a) Ignorância é o alimento de todos os enganos
b) Tristeza ou esperança ?
c) Ressurreição de Cristo é a garantia da ressurreição ( I Co 15: 12-19)
d) O que é melhor ? Estar morto ou vivo ?
e) A volta
Palavra de ordem
O arcanjo e a trombeta
O Senhor pessoalmente
f) Os vivos e os mortos ( I Co 15:35-57)

2. O dia do Senhor

a) A eterna curiosidade ( At 1:7; Mt 24:36,42-44)
b) Com precisão e de surpresa
c) Os que estão em trevas
d) Os que estão na luz
Dormir : como se não houvesse juízo ( Mc 13:36; Ef 5:14)
Vigiar : cuidado espiritual ( Lc 12: 36-37)
Sobriedade : domínio próprio
e) Vestidos da armadura
Couraça da fé e do amor
Capacete da esperança
f) Nosso destino
Salvos mediante Cristo
Perdidos mediante o pecado
g) Vivos ou mortos : em comunhão

3. Lista de recomendações

a) Líderes
Trabalho
Sobre vós, no Senhor
Admoestação

Paz uns com os outros

b) Os que dão trabalho
Insubmissos : almas pequenas
Desanimados : por qualquer motivo
Fracos : espiritualmente ( sujeitos às quedas do cap. 4)
Todos : paciência
c) Os ofensores
d) Deus : essa é a Sua vontade
Alegres
Orando
Gratos
e) Espírito Santo : cuidar dos dons – especialmente da profecia
f) Julgai todas as coisas
g) Despedida : a suposta tricotomia vale um dia de estudo ( 5:23)

Bibliografia :

Bíblia de Estudo de Genebra –versão revista e atualizada – Cultura Cristã/SBB . 1999
Bíblia Sagrada – versão revista e atualizada – Sociedade Bíblica do Brasil . 1969
DOUGLAS, J.D & TENNEY, Merrill C. The new international dictionary of the Bible. Zondervan. 1987
HENDRIKSEN, William. Comentario del nuevo testamento – 1y 2 Tesalonicenses . SLC. 1980
KNIGHT, Lida E. Quem é você no corpo de Cristo ? Luz para o Caminho. 1994
Mapas, Gráficos ,Cronologias e Ilustrações – Cultura Cristã. 1999
METZGER, Bruce M. & COOGAN, Michael.D. The Oxford companion to the Bible.Oxford University Press.1993

domingo, 25 de outubro de 2009

Nos caminhos de Tessalônica - parte 3

1. As perseguições

a) Ações de graças
b) Dispostos a sofrer por Cristo
c) A origem da perseguição
d) A honra de ser perseguido ( Mt 5:11-12)
e) A ira de Deus contra os judeus : Mt 21:43 ; Mt 27:25 ; Lc 21:5-6,20-24

2. Glória e alegria

a) Arrancados de vós
b) A ação de Satanás
c) Vou voltar....( At 20:1-2)
d) Amor e orgulho

3. Boas notícias

a) Timóteo – uma forma de defesa
b) O ministério ( diákonos) de Timóteo
c) A arma do inimigo : engano ( mais do que perseguição)
d) Como agradecer o suficiente ?
e) Desejo de Paulo ( diferente de uma oração)

4. Sexo e casamento

a) Importa agradar a Deus
b) Autoridade de Paulo
c) As vontades de Deus
d) Abstenção de imoralidade
e) Possuindo o próprio corpo ? I Co 7:2
f) Fraudes sexuais
g) Santificação : objetivo final

5. Filadélfia

a) Por que falar nisso ?
b) A busca da perfeição
c) Outros conselhos
Þ Vivam tranqüilos
Þ Se preocupe com o que é seu
Þ Trabalhem

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Nos caminhos de Tessalônica - Parte 2

1. Eleição

a) Desde a eternidade e em vida ( Ef 1:4-5 , 1 Ts 1:4)
b) Soberana , incondicional e justa ( 1 Co 1:27-28, 4:7, Ef 1:4, 2:8, Rm 9:14-15)
c) Ilimitada quanto à raça
d) Imutável (Rm 8:28-30)
e) Afeta toda a vida ( Cl 3:12-17)
f) Individual e nominal ( Rm 16:3, Fp 4:3)

2. Como saber da eleição ?

a) Pelos frutos os conhecereis
b) Recepção de forma genuína do Evangelho
c) Poder e segurança que vem do ES ( e só vem para os eleitos)
d) Imitadores de Cristo ( I Co 11:1, Ef 5:1)
e) Exemplos para todos : o tambor para o mundo
f) Uma mudança notável
3. Paulo se defende

a) De quem ?
b) Se o mensageiro não é de confiança quem dirá a sua mensagem ?
c) Não veio buscar, mas trazer

4. Possíveis acusações

Þ A mensagem é um erro
Þ Os mensageiros tem motivos impuros
Þ Usam truques para convencer
Þ Abandonaram a Igreja

a) Um evangelho sem truques :

Þ Não precisa de transes emocionais
Þ Não precisa de Programação neurolingüística
Þ Não precisa de oratória

a) Agradando a Deus
b) Não pedimos sustento
c) O evangelho é de Deus

domingo, 11 de outubro de 2009

Nos caminhos de Tessalônica - parte 1

1. Tessalônica – Macedônia ( 160km de Filipos)

a) Fundada em 322-315 a.C. por Cassandro (cunhado de Alexandre ) : nome da mulher
b) Cidade livre sob Otávio Augusto
c) Gregos, Romanos e “outros”
d) Via Ignácio de Bizâncio ao Adriático : porto comercial e militar

2. Paulo em Tessalônica – At 17:1-10

a) Trabalhando para o sustento ( não era um “filósofo ambulante”) e pregando o Evangelho
b) Igreja : muitos “gregos”, alguns judeus

3. Propósito da carta

a) Preocupação pós-Galácia
b) Imaturidade
c) Situações locais ( Jasom, famílias “meio” convertidas) e dúvidas doutrinárias

4. Data e autoria

a) Durante a estada em Corinto ( 51-53 d.C)
b) Certamente escrita por Paulo ( outras versões são infundadas)

5. Divisão para estudo

a) Conversão dos tessalonicenses – 1
b) O ministério de Paulo na fundação da Igreja – 2
c) O ministério de Paulo na preocupação com a Igreja – 3
d) Instrução Moral – 4:1-12
e) A segunda vinda – 4: 13-5:11
f) Deveres Éticos e Conclusão : 5: 12-28

6. Conversão dos Tessalonicenses

a) Saudação : quem é Silvano ???
b) Deus Pai e Senhor Jesus Cristo
c) Damos graças pelos frutos da graça
d) Boas lembranças : fé, amor e esperança ( 1 Co :13-13

sábado, 3 de outubro de 2009

O perturbador de Israel

I Rs 16: 29 - II Rs 1; II Cr 17-20

1.Elias

El’ Yah’ = Yaweh é Deus / O Senhor é Deus
Tesbita = Tisbe em Gileade

Linha profética de Moisés e Samuel
Paralelos com Moisés : Horebe/Sinai ; Manifestação de Deus pelo fogo ; Existência de sucessor ( Josué/Eliseu)
Transfiguração ( Mc 9:4)

2. Situação de Israel

Calamidade religiosa - Jezabel ( princesa de Sidom ) = altar a Baal em Samaria ; perseguição aos profetas de Yaweh ; importação de profetas de Baal.

3. A grande seca - contra Baal ( deus da terra ) e Astarote ( deusa da fertilidade)

4. Sarepta : manifestação de Deus com uma gentia ( não judia) - Lc 4:26

5. O Perturbador de Israel - a verdade de Deus é perturbadora e incomoda os que dele se afastam

6. O desafio do Monte Carmelo e o fim da seca

Desafio a Israel : Deus exige decisão - Js 24:15 Ap 3:15-16
Desafio aos profetas de Baal

Seca não era uma coincidência meteorológica mas vontade de Deus
Sete vezes olha o mar ( paralelo com Namã)

7. Elias também fraqueja
Foge de Jezabel e considera sua carreira encerrada
Deus avisa : quem disse que seu trabalho acabou ?
Serviço de Deus não tem férias nem aposentadoria !

8. Ungindo o sucessor - Eliseu ( Deus é a minha salvação) - continuidade do ministério profético

9. Acabe e o cerco dos Sírios - Deus livra porque não é momento da queda

10. A vinha de Nabote - o rei precisava de um “ mimo ”
Elias volta à cena - mais uma dinastia vai acabar
Arrependimento tardio - só vai adiar o castigo

11. Acabe e Josafá ( rei de Judá ) - nenhum profeta de Yaweh ??

12. Elias e Acazias : não há Deus em Israel

13. A sucessão
O pedido da porção dobrada - Deus é que pode conceder
A carruagem de fogo
Alguns querem achar Elias.

sábado, 26 de setembro de 2009

Eu acuso

"Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?" Mt 7:3

Um ditado antigo diz que pimenta nos olhos dos outros é refresco. Sempre é muito fácil para nós olharmos o que acontece à nossa volta.

E sempre tão difícil reparar no que acontece dentro de nós mesmos.

Não poucas vezes ouço pessoas reclamando das outras, na igreja isso não é uma exceção. Fulano isso, beltrano aquilo, siclano então, nem te conto o que ele fez (e, claro, sempre acabam contando)

O ser humano se acha, por princípio irreprensível, justo e genial, o que atrapalha o bom andamento do mundo sempre são os outros (nesse aspecto somos todos muito sartrianos, o filósofo francês que declara que "o inferno são os outros").

Jesus, profundo conhecedor da natureza humana não deixou de falar desse assunto no seu longo sermão da montanha. E não usa palavras leves e suaves. Define como hipocrisia essa nossa mania de achar que quem está sempre errado é o nosso próximo.

Reconhecer os próprios erros é um exercício muito dolorido pois implica em humilhação, produto que está fora de estoque, especialmente depois do surgimento dos livros de auto ajuda que nos fazem acreditar que somos, individualmente, o ápice da criação.

O mundo nos estimula a buscar sempre os primeiros assentos. A exigir um lugar à direita do Pai. A exigir adiantado a nossa parte na herança celestial, de preferência em espécie.

Enquanto não pararmos diante de um espelho e reconhecermos quão ínfimos nós somos, quanto somos carentes da graça e da misericórdia, quanto somos pecadores (nisso sim, somos os maiorais), continuaremos a viver em busca de soluções que ardam nos olhos dos outros e que não nos dêem trabalho nenhum.

A Bíblia toda deixa claro, desde os primórdios, que esse modelo não funcionou, não funciona e não vai funcionar nunca.

Quer julgar alguém? Julgue-se a si próprio. Depois disso, tenho certeza que não vai mais buscar os erros dos outros.

E vai viver muito melhor consigo mesmo e com Deus.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Filipenses - Final

1. Espelho, espelho meu, existe alguém mais judeu do que eu ?

a) Por herança ( descendência e lei)
Þ 8o. dia – diferente de muitos judaizantes
Þ Tribo de Benjamin : Saul -> Saulo

b) Por esforço próprio ( estudo e zelo)

c) Lucro que virou refugo

d) A verdadeira justiça ( a que é infinita de verdade)

2. Crescimento espiritual – a “corrida” cristã

a) A motivação : não alcancei e fui conquistado

b) O empenho : não olha para trás – Lc 17:31-32

c) O prêmio : ser perfeito – certeza da nossa esperança

3. Cuidado com os sensualistas

a) Sensual ( agradar os sentidos) : que fingem ser cristãos ( Rm 6:1 ; 16:18)

b) Imitadores meus....1 Co 11:1

c) A triste constatação
Seu fim é a perdição
São idólatras
Se orgulham do que deveriam se envergonhar
Suas preocupações estão aqui

4. A verdadeira pátria

“O patriotismo é o último refúgio dos canalhas “ ( Samuel Johnson)

5. Exortações

a) Geral : permanecei firmes
b) Boa viagem ( Evódia) x Afortunada ( Síntique) : que trabalhem juntas
c) Sicigo ( companheiro de trabalho/jugo)
d) Clemente - ?

6. O segredo da verdadeira felicidade

a) Alegrai-vos – Gl 5:22 ; Rm 8:28
b) Moderação – um termo muito rico
c) Sem ansiedade – usem o remédio da oração – 1 Pe 5:7
d) O resultado = guardados pela paz – Is 26:3 ; Ef 3:18

7. Síntese da vida e serviço cristãos

a) Verdadeiro – Ef 6:14
b) Respeitável
c) Justo => 2 Co 6:4-10
d) Puro
e) Amável
f) Boa fama

8. Praticando a verdadeira felicidade

a) Vocês deram – mas a alegria é no Senhor
b) Feliz sempre – eu já tenho a experiência ( aprendi o segredo)
c) Tudo posso – 2 Co 12:10

9. Agradecendo a ajuda

10. Despedida

Bíblia de Estudo de Genebra – versão revista e atualizada – Cultura Cristã/SBB . 1999
Bíblia Sagrada – versão revista e atualizada – Sociedade Bíblica do Brasil . 1969
CASTRO, Ruy . O melhor do mau humor. Companhia das Letras. 1990
DAVIS, John D. Diccionario da Biblia. Centro Brasileiro de Publicidade. 1928
DOUGLAS, J.D & TENNEY, Merrill C. The new international dictionary of the Bible. Zondervan. 1987
HENDRIKSEN, William. Comentario del nuevo testamento – Filipenses . SLC. 1981
HODGES, Charles. Teologia Sistemática. Editora Hagnos. 2001
Mapas, Gráficos ,Cronologias e Ilustrações – Cultura Cristã. 1999
METZGER, Bruce M. & COOGAN, Michael.D. The Oxford companion to the Bible.Oxford University Press.1993
PEARLMAN, Myer. Através da Bíblia – Livro por Livro. Editora Vida.1977

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Filipenses - Parte 3

1. O exemplo de Cristo

a) Que se esvaziou.... Não da essência divina mas

Þ Inculpabilidade – 2 Co 5:21
Þ Riquezas celestes
Þ Glória celeste – Is 6:1-2 x 53:3
Þ Autonomia da vontade – Jo 5:19, 30

Assumindo a forma (schema) humana sem perder a forma ( morfe) divina [1]

b) ...e foi glorificado acima de todos – Hb 7: 26

2. Os luzeiros do mundo : 1:27

a) Desenvolvendo a salvação: entendendo o seu significado e aplicando à vida diária

b) Crescimento espiritual (3:12-16) : do novo nascimento à estatura de Cristo

c) Através de quem – 1 Co 3:6 ; Ef 3:14-19

d) Objetivo : brilhar ( luzeiros) no meio de trevas ( geração corrupta)

e) Mesmo na ausência de Paulo : obediência e alegria

3. Dois servos e dois luzeiros

a) Timóteo

b) Epafrodito

4. Cuidado com os judaizantes

a) Não me incomodo em ser repetitivo : judaizantes e sensualistas

b) 3 x acautelái-vos : golpes de martelo

c) Judeus ou judaizantes : o que é pior ?
Þ Cães : 2 Pe: 21-22 ( Pv 26:11) ; Ap 22:15
Þ Obreiros : Lc 13: 26-27 – estão dentro da Igreja
Þ Mutilados

d) A verdadeira circuncisão : Jr 9:23-26 ; 1 Pe 2:9 ( Jo 10:16)
Þ Adora em espírito
Þ Gloria-se em Cristo
Þ Não confia na carne

[1] MORFE = forma : íntimo, essencial, permanente – Rm 8:29; 2 Co 3:18; Gl 4:19
SCHEMA = condição : externa e transitória – 1 Co 7:31; 2 Co 11:14; 1 Pe 1:14

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Filipenses - parte 2


1. Ação de graças : o exercício da comunhão

a) Todas as vezes + com alegria => cooperação e pelo cuidado de Deus
b) Vida Cristã como testemunho da eleição
c) Comunhão
Þ No evangelho
Þ Na fé
Þ Na oração
Þ No amor
Þ Na pregação
Þ Na luta
d) Quem começou a obra ?
e) Aumento do amor ( conhecimento e percepção) para :
Distinguir o excelente
Pureza e irrepreensibilidade
Frutos de justiça

2. O progresso do Evangelho

a) Paulo : preso, velho ( fim de carreira ?) poderia estar cansado, ansioso, revoltado
b) A prisão é um presente
Þ Aos presos e soldados
Þ Estímulo a outros pregadores
Þ Obstáculos que viram oportunidades
c) Pregadores e “pregadores” - pregando por :
Þ Desaforo
Þ Inveja
Þ Interesses próprios
d) O que me importa ???? Quem prega :
Þ Cumpre uma ordem ( Mc 16:15)
Þ Ajuda o mundo que precisa
Þ Cresce espiritualmente

3. Viver ou morrer ? Rm 8:19

a) A certeza de não ser envergonhado – Cristo glorificado
b) Cristocentrismo
c) Dar fruto ou ter o gozo eterno
d) Impressão de que o trabalho ainda não acabou ( 2 Tm 4:6-8)

4. Firmeza , unidade, coragem

a) Persistência no evangelho
b) Harmonia entre irmãos
c) Coragem frente aos inimigos
d) A graça de sofrer com ( e por) Cristo

5. “Puxão de orelha” emotivo

Exortação em Cristo UNIDADADE ( 1:27)
Consolação de amor ==> HUMILDADE ( oposto de Gl 5:26)
Comunhão no Espírito SERVIÇO
Afeto e misericórdia

Para que a alegria seja completa

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Filipenses - parte 1

1. Por quê Filipenses ?

a) A busca da felicidade:
Þ Drogas legais e ilegais
Þ Superatividade e ocupação dos espaços da mente
Þ Consumo de auto-ajuda

b) Por quê não funcionam:
Þ Efeitos passageiros
Þ Escapar da realidade não é a mesma coisa que enfrentá-la
Þ Não resolve o problema principal : pecado
Þ A paz verdadeira só é encontrada na reconciliação com Deus

2. Colonia Julia Augusta Victrix Philippensium :
Þ Crenides : conquistada por Felipe II ( pai de Alexandre, o Grande) – 340 a.C. (?)
Þ 146 a.C. : província romana da Macedônia
Þ 42 a.C. : Batalha de Filipos ( Brutus & Cássio x Otávio & Antonio )
Þ 27 a.C. : Otávio Imperador “exila” ex-Antonistas - colônia romana
Þ Via Egnatia : rota comercial do Oriente ->Roma ( Neápolis-Brindisi-Via Appia)

a) Guarda pretoriana
b) Casa de César
c) Culto ao Imperador – perseguição
d) Maneira digna do Evangelho + importante que a cidadania
e) Praetores duumviri – comandantes civis que reportavam diretamente a Roma

3. A Igreja de Filipos : At 16

a) Passa à Macedônia e ajuda-nos
b) Neápolis – cerca de 15 km de Filipos
c) Lídia & as mulheres no Rio Gangites
d) A jovem possessa ( “piton” – adivinhadora /serpente)
e) A conversão do carcereiro
f) A retratação dos pretores

4. A carta da alegria

a) Paulo na prisão em Roma : 61-63 d.C
b) Agradecer ofertas
c) Responder às notícias
d) Promover a alegria

5. Prefácio

a) Paulo & Timóteo
b) Servos de Cristo Jesus
c) A todos...inclusive
d) Graça e paz

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Maria Lúcia Almeida Ferreira



Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. II Tm 4:7

Quando a Maria Lúcia chegou na Igreja Presbiteriana da Pompéia, um pouco depois de mim, ela já veio mostrando que tipo de pessoa que era. Não esperou se adaptar à igreja foi logo arranjando trabalho para fazer.

Aproveitando a idade das filhas, na época, ela foi trabalhar com os adolescentes. Foi um sucesso. Nunca a UPA tinha sido tão forte e atuante. Nunca mais foi igual aquela da época da tia Malu.

Não eram poucos os seus dons, mas certamente ela se destacava em duas coisas: música e gente, o que revelava claramente a forma como vivia para Deus. Com a música fazia a sua ligação vertical, através do louvor. Com as pessoas, a sua relação horizontal de amor aos que precisavam dela.

Conheço poucas pessoas que demonstrem tão explicitamente o cumprimento dos mandamentos de amar a Deus e ao próximo. No caso da Maria Lúcia era algo que realizava sem nenhum esforço, fazia parte da sua natureza.

Ficamos amigos pela música. Era um prazer louvar a Deus junto com ela. Fazíamos prelúdios no piano a 4 mãos (um deles era tocar o hino nacional na semana da pátria), compartilhamos as nossas partituras para piano e órgão e não poucas vezes tocamos juntos para acompanhar a congregação.

Aliás, essa deve ter sido um dos poucos pontos que tinhamos discordâncias. Até hoje eu piso fundo no acelerador e mantenho o andamento acima do necessário (aprendi com a Maria Júlia a tocar mais rápido do que devia, pois a congregação sempre vai arrastar e, no fim, chegamos no andamento certo). Ela preferia ir com mais calma, ela se preocupava que algumas pessoas não conseguiriam cantar naquela velocidade.

Cantei no coral com ela regendo. Toquei para o coral com ela regendo. Ela tocou comigo regendo. E também cantou comigo regendo (excelente contralto, por sinal). Além disso sempre me ajudou quando eu regia o conjunto masculino, me chamando a atenção de falhas que eu não percebia (eu regia e cantava ao mesmo tempo).

Quando eu estava no piano, ela costumava chegar no fim do culto e cantar comigo algum hino.

Ela nunca perdeu a esperança de reativar o coral. Tenho certeza que ficou feliz quando a Marlene assumiu essas incumbência.

Eu também tive a oportunidade de ser alvo dos seus cuidados no ministério de visitação. Especialmente quando o Samuel nasceu e ficou um tempo na UTI e, meses depois, quando foi operado do coração. Nem sempre ela pode vir aqui em casa, mas me ligava todas as semanas para ter notícias e me dar uma força.

Não foram poucas as pessoas que testemunharam a importância desse trabalho dela nas suas vidas. Ele fez a diferença.

Nessa semana, a dona Maria Lúcia foi se encontrar com o Criador. Tenho certeza absoluta que está muito melhor do que todos nós. Está ao lado daquele a quem ela dedicou a sua vida. Um dia estaremos lá juntos cantando de novo (será que o céu tem piano para tocarmos juntos de novo?)

Enquanto esse dia não chega, eu vou sentir muita falta dela.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ezequiel - A restauração

...acaso poderão reviver estes ossos ? Respondi: Senhor Deus, tu o sabes.” (Ez 37:3b)


Perdidos para sempre ?

No Egito gemiam : Ex 2:24
No exílio choravam : Sl 137:1
Mas não é essa a nossa (falta de) esperança : Jr 43:6-7 e Jd 24

Deus é Senhor e fiel à Sua aliança

Na disciplina e na restauração

A restauração é obra exclusiva de Deus (34:11; 36:16-37)

Aponta para um futuro glorioso

i. reunirá os santos : 39:25-28
ii. derramará o Espírito : 39:29
iii. Dará novo céu e nova terra : 40 a 48 x Ap 21-22

Yahweh- Shammah

A aliança não tem fim

i. Deus não planeja conforme a história se desenrola
ii. Deus é imutável – suas promessas também : 36:28; 37:26-28

Nas suas promessas somos mais que vitoriosos : Rm 8:31-39

Muitos esforços têm sido realizados pela ingenuidade humana, mediante doutrinas claramente errôneas ou aparentemente plausíveis, a fim de retirar de Deus a glória da obra de regeneração e levar o homem a reivindicar esta realização para si mesmo ou, pelo menos, a compartilhar da honra.

No entanto, a origem da regeneração se encontra somente na livre e soberana graça do todo-poderoso poder de Deus. A regeneração é uma obra totalmente divina; a glória, portanto, tem de pertencer e pertencerá para sempre a Deus : "Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (Jo 1.13).

Bibliografia :
Bíblia Sagrada. Edição Revista e Atualizada do Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil. 1969
Bíblia de Estudos de Genebra . Editora Cultura Cristã. 1999
PEARLMAN, Myer. Através da Bíblia livro por livro. Editora Vida. 1977
REVISTA EXPRESSÃO. História da Redenção parte 4. Editora Cultura Cristã.
TAYLOR, John B. Ezequiel – introdução e comentário. Mundo Cristão. 1989
van GRONINGEN, Gerard – Criação e Consumação. Editora Cultura Cristã. 2002
van GRONINGEN, Gerard – Revelação Messiânica no Velho Testamento. Luz para o Caminho. 1995

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ezequiel: a aliança e o mediador

Far-vos-ei passar por baixo do meu cajado, e vos sujeitarei à disciplina da minha aliança (Ez 20:37)

O que é um pacto ?

Contrato firmado entre duas partes
A aliança de Deus não é um pacto entre iguais
Uma das partes não tem capacidade para executá-lo

A história do pacto

Adão : pacto de uma única regra (Gn 2:17; Rm 5:12-21)
Abraão : não é um novo pacto (Hb 11:7)
O pacto do Sinai : formalização de um pacto espiritual pré-existente (Gl 3:24, Rm 10:4)
O cumprimento da lei salva ? Rm 9:14-16
O homem natural não cumpre a lei – Rm 10:2-3

Não seria fácil para Israel cumprir o pacto que lhe foi oferecido gratuitamente ? Rm 10:16-21

Características do pacto

É Deus que busca o homem
Deus requer santidade
Deus promete benção e maldição (Sl 37 e 73)
Deus nos faz herdeiros – mas para o Seu serviço
Somos abençoados e abençoadores

O alerta de Ezequiel (Ez 20)

A aliança está debaixo da disciplina de Deus (20:37)
Israel não cumpriu sua parte no pacto (14:7-8)
Deus não abandona a Sua aliança (18:30-32)

O mediador da aliança

Os agentes do pacto renegaram-no (sacerdotes, profetas, reis....)
Necessidade de um intermediário com as duas naturezas
É Deus quem oferece o pacto, e a justificação através do Seu mediador (17:22-24; 21:25-27)
As funções do mediador (Hb 1:1-4)
i. Profeta : trazendo a revelação de Deus
ii. Sacerdote e sacrifício para a justificação (Hb 7:23-28)
iii. Rei : tão soberano quanto o pai (Jo 14:15)

Bibliografia :
Bíblia Sagrada. Edição Revista e Atualizada do Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil. 1969
CAMPOS, Héber Carlos de. As duas naturezas do Redentor. Cultura Cristã. 2004
PEARLMAN, Myer. Através da Bíblia livro por livro. Editora Vida. 1977
REVISTA EXPRESSÃO. História da Redenção parte 4. Editora Cultura Cristã.
TAYLOR, John B. Ezequiel – introdução e comentário. Mundo Cristão. 1989
van GRONINGEN, Gerard – Revelação Messiânica no Velho Testamento. Luz para o Caminho. 1995
http://www.monergismo.com/

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Ezequiel - o Reino


Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne...; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus (Ezequiel 11:19-20)

Introdução : reino , aliança, mediador

Em todos os profetas
Nas palavras do próprio mediador
Em todos os apóstolos

Por quê, ainda assim, tantos acham a Bíblia contraditória ?

Lembrando um pouco sobre o reino

É um reino eterno (cósmico) e um reino futuro
É um reino terreno (Is 2:4 , Ez 25 a 32) e um reino infinito
É um reino para a glória do seu Rei (Is 43:7) – soli Deo gloria
Nem é limitado à igreja (imanente), nem só espiritual e invisível (transcendente)

Muitas teologias tentam limitar o tamanho do reino....e o poder soberano do Rei

O rei soberano

Elohim (Poderoso); Yahweh (Redentor), Adonai (Governador) , El shaddai (todo poderoso
Trono a que nada se compara (1:26-28)
Exerce sua vontade soberana sobre os seus e sobre os povos
Cumpre a sua aliança (11:17)

A soberania de Deus

O “deus” de muitos é só um homem melhorado a quem se podem comparar (Sl: 50:21-22)
Só pode ser adorado por aqueles que reconhecem e vivem de acordo com essa soberania (1 Cr 29:10-15 ; 2 Cr 20:6; Sl 47 :2,3, 7-9; Jó 23:13, 42:2; Pv 21:30)
É essencial; eterna (At 15:18); imutável (Hb 6:17; Sl 119:89; 1 Pe 1: 24-25), é eficaz na sua ação decretiva (Is 14: 24,27) ; é totalmente livre (Ap 4:11; Dn 4:35; Mt 10:29-30)

A ação soberana no tempo de Ezequiel

O castigo que vem do norte...não é pela vontade da Babilônia
A mensagem do profeta é totalmente controlada por Deus (2:2; 3:14) e ele sabe disso (1:3;8:1)
A ação soberana não se limita a seu povo (25:10,17; 28:26; 29:16)
Faz com que Ele escolha os seus salvos (5:13 => 11:17) para uma salvação espiritual (11:19-20)

Bibliografia :
Bíblia de Estudos de Genebra . Editora Cultura Cristã. 1999
Bíblia Sagrada. Edição Revista e Atualizada do Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil. 1969
CAMPOS, Héber Carlos de. O ser de Deus e seus atributos. Editora Cultura Cristã. 1999
PEARLMAN, Myer. Através da Bíblia livro por livro. Editora Vida. 1977
REVISTA EXPRESSÃO. História da Redenção parte 4. Editora Cultura Cristã.
TAYLOR, John B. Ezequiel – introdução e comentário. Mundo Cristão. 1989
van GRONINGEN, Gerard – Revelação Messiânica no Velho Testamento. Luz para o Caminho. 1995
WALTON, John H. Chronological and background charts of the Old Testament. Academie Books. 1978

terça-feira, 21 de julho de 2009

Aprendendo a ensinar - Final

9. Características das faixas etárias

Maternal
· Rápido crescimento
· Superatividade
· Aquisição de linguagem
· Baixa concentração
· Narcisista
· Ilustrações, cores, música, ritmos e tato
· Múltipla expressão
· Variação rápida
· Estimular hábitos ( oração, obediência, prática do amor cristão )


Pré Escolar
· Rápido crescimento
· Agressividade
· Exibicionismo
· Curiosidade
· Fantasia
· Influenciáveis pelo meio ambiente
· Credulidade (fé genuína)
· Movimentos
· Váriação de métodos
· Satisfazer curiosidade
· Estimulo a imaginação
· Dramatização
· Segurança
· Ensinar a orar

Primários
· Iniciação social
· Impaciência
· Distingue real x fantasia
· Maior autocontrole
· Busca de aprovação
· Valores em formação
· Espiritualmente sensíveis (podem se decepcionar)
· Treinar paciência
· Promover a expressão
· Cuidar do entendimento
· Estimular raciocínio
· Atividades de grupo
· Ensinar confiança em Deus ( o amigo )
· Testemunho

Juniores
· Espírito investigativo ( razão das coisas)
· Competitividade
· Leitura e memória
· Formação de clubes
· Lealdade
· Sentimentos disfarçados
· Brincalhões
· Jesus : salvador, herói e amigo
· Atividades ao ar livre e competitivas
· Estimular participação
· Atividades de leitura
· Certificar que entenderam
· Estimular memória
· Interesses diferentes (meninos x meninas )
· Ser líder mais que professor
· Determinar alvos
· Guiá-los a Cristo

Adolescentes
· Fase de crescimento
· Consciência do corpo
· Ansiedade e devaneios
· Rebeldia
· Formação de turmas
· Instabilidade emocional
· Mau humor
· Dúvidas espirituais
· Visão cristã da vida
· Participação
· Aceitação dos valores dos outros
· Alvos e responsabilidades
· Liderança
· Firmeza de valores ( testemunho)
· Deus como o verdadeiro alvo

Jovens
· Ápice da energia física
· Foco nas realizações
· Independência intelectual
· Idealismo
· Grandes decisões ( modo de vida)
· Sentimentos desenvolvidos
· Convicção de fé bem firmada
· Desejo de envolvimento
· Propiciar oportunidades para o serviço cristão
· Aprofundar o estudo da Bíblia
· Promover oportunidades de relacionamento
· Atuar como conselheiro, com cuidado
· Visão de vida e do mundo na perspectiva cristã

Adultos
· Maturidade em todos os aspectos
· Capacidade de discernimento
· Estabilidade e responsabilidade
· Desenvolvimento da ambição
· Sentido de vida definido
· Oportunidades para o serviço
· Atribuir responsabilidades e metas de ensino
· Reenfatizar a Bíblia como guia para a vida
· Aprofundar o estudo

10. Jesus Cristo : o professor modelo

a) Características do Mestre

Postura de servo
Acredita no que ensina
Conhecedor das escrituras
Domínio da técnica de ensino
Objetivos claros

b) Características dos alunos

Imaturos
Impulsivos
Pecadores
Hipócritas
Ignorantes
Preconceituosos
Instáveis

Você ainda acha que ruim é a sua classe ???

c) Princípios do Mestre

Verdade
Olhava para o futuro
Valorizava o contato pessoal
Usava a linguagem adequada
Se detinha no importante ( não dispersava - não deixava dispersar )
Procurava o lado bom dos indivíduos
Trabalhava a consciência ( mais do que a inteligência)
Dava liberdade de ação

d) Material de Ensino

Fontes : escrituras, natureza, cotidiano
Formas : afirmativas, concretas, incisivas, metáforas
Propósito : iniciar , esclarecer, fortalecer , repreender

e) Método de Ensino

Aulas estruturadas : começo-meio-fim
Utilização áudio-visual : objetos, locais
Dramatização
Parábolas - estudo de caso
Preleções - discursos
Cataquese
Discussão / debate

Recomendações finais

Adeque-se à classe, sem fugir do princípio básico : a Bíblia

A preparação da aula começa no fim da aula anterior

Preserve seu estilo : não existe receita de bolo

Ore sempre : Deus é que deve falar através de você

Na dúvida , consulte e siga o Mestre : Jesus Cristo

Bibliografia e recomendações

AYRES , Antonio Tadeu. Como tornar o ensino eficaz. Casa Publicadora Assembléia de Deus. Rio de Janeiro. 1994.
Leitura agradável e prática. Cuidado com o uso de silogismos.

BERKLEY , James P. Aprenda a Ensinar. Edipres. Recife 1964.

COLEMAN Jr., Lucien E. Como ensinar a Bíblia. JUERP. Rio de Janeiro. 1992.
Leitura excelente, cheia de referências bíblicas e modelos de atividades.

CRUZ , Ana Maria Andrade da. Exercícios Bíblicos para você e sua Igreja. JUERP. Rio de Janeiro. 1994.
Sempre é bom ter referências e modelos de jogos e exercícios.

FERREIRA , Júlio Andrade . Educação Cristã . Luz para o Caminho. Campinas.1987.
Noções de como montar um currículo de ED.

HENRICHSEN, Walter A. Métodos de Estudo Bíblico. Mundo Cristão. São Paulo. 1989.
Bom exercício de treinamento sobre formas diferentes de estudar a Bíblia.

OLIVETTI, Odayr . Aprimorando a Escola Dominical. Casa Editora Presbiteriana. São Paulo. 1992.
Leitura não muito leve, mas fundamental como guia para o professor.

ORR, William W. O que ensinar às crianças. Imprensa Batista Regular. São Paulo. 1986.
Bastante básico e simples, nem porisso menos útil.

PRICE , J.M. A pedagogia de Jesus. JUERP. Rio de Janeiro. 1986.
Estudo bíblico detalhado sobre Jesus como professor.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Aprendendo a ensinar - parte 2

5. Material de Ensino

a) Revista da Escola Dominical

Vantagens :
• Tem estrutura sistemática e lógica
• Facilita a preparação da aula
• Já tem atividades preparadas

Desvantagens :
• É genérica quanto ao público ( nivela por baixo )
• Facilita a acomodação do professor
• Raramente é bem escrita

Cuidados :
• A revista se adapta à classe não a classe à revista
• A aula não pode ser repetição da revista
• A revista não substitui a Bíblia

Estas observações também são válidas para livros-base

b) Criando o próprio curso

Vantagens :
• Melhor adequação às necessidades da classe
• Maior flexibilidade
• Professores aprendem a desenvolver lógica e estrutura

Desvantagens :
• Exige mais tempo para a preparação
• Maior necessidade de material de apoio
• Maior risco de “ desvios de curso “

Como desenvolver o próprio curso ?

I - Escolhendo o tema :
• Doutrinário
• Atualidades
• Personagens bíblicos
• Livros da Bíblia
• Livros sobre a Bíblia

II - Planejamento
• Duração ( nunca menos que um trimestre )
• Divisão lógica ( estrutura )
• Levantamento de fontes de apoio
• Levantamento de material ( seja conservador)


III - Escolha das fontes
• Comentários bíblicos
• Dicionários e chave bíblicos
• Livros relativos ao tema
• Fontes não religiosas

Cuidados :
• As Bíblias comentadas ( Scofield, Linguagem de hoje)
• Na dúvida consulte pessoas mais experientes sobre as fontes
• Assim como a revista, aula não é resenha de leitura

6. O Uso da Bíblia

Lembre-se :
Escola Dominical é escola de Bíblia
Professor de ED é professor de Bíblia
Nada substitui a Bíblia como matéria-prima da aula

Portanto : o professor precisa ter intimidade com a Bíblia ( não é sabê-la de cor , nem usá-la como amuleto !!! ) - o professor deve estimular que os alunos tenham a mesma intimidade .

Maneiras fundamentais de uso :

Lendo
Ouvindo
Estudando
Praticando

Maneiras acessórias de uso

Decorando
Atividades
Concursos

Cuidados :
não trocar o fundamental pelo acessório
leia na aula, mas nâo deixe que aula seja de leitura
evite a leitura a 2


7. O professor fora da sala

Nunca esqueça o duplo relacionamento :

Os alunos observam o exemplo do professor dentro e fora da sala
O professor conhece as condições de vida de seus alunos

Os 2 grandes perigos :
1. Excesso de intimidade
2. Substituir outros laços de relacionamento

Orientação extra-classe :
• Não precisa fugir dela, é só tomar cuidado
• Deve ser bíblica, não “ achismo “
• Se não tiver a resposta na hora não invente. Pesquise e não deixe de responder.

Problemas típicos do extra-classe :
• Dúvidas bíblicas fora do tema da aula ( estimule , isto significa que a Bíblia é lida )
• Situações cotidianas
• Vocação, cidadania, relacionamentos pessoais


8. Que resultados esperar ?

Valorização das pessoas ( do aluno e de sua relação com o próximo )

Transformação de vida

Conversão de almas

Prática da vida cristã

Melhoria das instituições, através da transformação das pessoas

Motivação para servir


Frustrações vão acontecer. Os resultados acontecem conforme a vontade e o tempo de Deus.

Sempre lembre que sua função é semear e cuidar das plantas. Quem dá o crescimento e colhe os frutos é Deus.

sábado, 11 de julho de 2009

Aprendendo a ensinar - parte 1

1. Introdução

Aprendendo a ensinar

Ensinar : Ajudar
Guiar
Estimular
Desenvolver

O objetivo do ensino é fazer com que o aluno saia da classe com a certeza de que está diferente em relação à hora que entrou.

Como se aprende a ensinar na Escola Dominical ?

* Orando
* Observando
* Estudando
* Ensinando

Ensinando a aprender

O que um aluno de Escola Dominical deve aprender ?

* Conhecer a Deus
* Conhecer a Bíblia
* Viver a vida cristã
* Participar da comunidade cristã

O que fugir destes pontos pode ser útil (ou não) mas não é parte dos objetivos da ED.

Como as pessoas aprendem ?

* Fazendo - não havendo prática não há aprendizado
* Observando - o exemplo sempre é mais forte que as palavras
* Estudando
* Pensando

Como se ajuda a aprender ?

* Criando situações de aprendizagem
* Desenvolvendo um processo de ensino
* Interagindo com os alunos

2. O processo de comunicação


O fator mais importante do processo de comunicação é a ADEQUAÇÃO

Ruídos mais comuns :

Ø Problemas com o código (os alunos não entendem a linguagem)
Ø Exaustão do canal (o método acaba cansando)
Ø Falta de empatia professor/aluno
Ø Despreparo do professor

Como se expressar melhor ?

Ø Prefira a simplicidade - mas não se nivele por baixo
Ø Organize as idéias - é um processo de auto-disciplina
Ø Leia muito
Ø Seja específico

Como falar ?

Ø Seja gentil
Ø Seja firme
Ø Fale a iguais

Os sons e o sentido

Ø Fale de forma audível ( mas não precisa gritar )
Ø Fale de forma clara - pronuncie bem as palavras
Ø Não esqueça do ritmo ( e do andamento : nem Largo, nem Vivace)
Ø Fale com ênfase

Varie o volume, varie o ritmo, varie a ênfase

3. Os métodos de ensino

“ O pior método de ensino é aquele que se usa o tempo todo “ (Gaines Dobbins)

A pior aplicação é usar todos os métodos na mesma aula !

Advertência : aula é aula ! Não confundir com parte devocional . A Igreja tem várias atividades devocionais para suprir esta importante necessidade.

a) Método expositivo - Narração

O mais criticado e o mais utilizado

Vantagens :
Þ Alcança um número grande de pessoas
Þ Permite mais informação em menos tempo
Þ Facilita a apresentação sistemática
( Introdução - Desenvolvimento - Conclusão )

Desvantagens :
Þ Exige preparo e habilidade oral ( risco de monotonia )
Þ Centralização no professor
Þ Dificulta interação com os alunos

b) Método Catequético - Perguntas & Respostas

Desafia os alunos e provoca o raciocínio

Vantagens :
Þ Ajuda a manter a atenção
Þ Auxilia o raciocínio e o desenvolvimento de idéias
Þ Permite monitorar a aprendizagem e a avaliar a aula

Desvantagens :
Þ Pode induzir a raciocínios errados se usado incorretamente
Þ Alunos expansivos podem monopolizar a aula
Þ Pode gerar constragimentos

Alguns cuidados a serem tomados :
Evite perguntas de SIM / NÃO
Dê tempo para a resposta
Comece genérico - continue específico em relação às pessoas
Complete as respostas quando necessário
Cuidado especial com os tímidos
Desafios : nem tão baixos que não funcionem, nem tão altos que desmotivem

c) Discussão ou Debate

Vantagens :
Þ É altamente motivador, permite a participação de todos
Þ O processo de aprendizagem é focado no grupo
Þ Resposta é resultado do trabalho de todos
Þ Desenvolve a capacidade de ouvir outros pontos-de-vista

Desvantagens :
Þ Os alunos mais extrovertidos podem monopolizar a discussão
Þ Pode acirrar preconceitos intelectuais
Þ Pode desvirtuar os objetivos da aula

d) Estudo de caso

Expõe-se um fato e discute-se uma gama de opções de solução

Vantagens :
Þ Conduz a reflexão sobre a prática cotidiana da lição
Þ Permite que os alunos confrontem-se com suas próprias atitudes
Þ Sedimenta melhor o ensino

Desvantagens :
Þ Requer capacidade e habilidade do professor para conduzir o exercício
Þ Pode provocar atitudes preconceituosas

e) Recursos auxiliares

Audio-Visuais : depois da prática , a imagem é o elemento mais forte de fixação

Abuse e use :
Lousa
Retroprojetor
Flanelógrafo
Figuras
Mapas
Bonecos
Etc...etc...etc..

Trabalhos manuais : como prática e como ilustração

Þ Cuidado : não é para matar aula

Imagem : Robert Raikes, jornalista evangélico que, na Inglaterra, a partir de 1780, começou a oferecer instrução rudimentar para crianças pobres em seu único dia livre da semana: domingo, pela manhã e à tarde, pois a maioria mesmo tendo pouca idade já trabalhava durante a semana.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Oséias - um estudo bíblico

Quem é sábio que entenda estas cousas, quem é prudente que as saiba, porque o caminhos do Senhor são retos, e os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão (Oséias 14:9)


Introdução

Oséias – livramento, salvação
Beeri = Bera (1 Cr 5:6) ? Se sim, confirma a origem do profeta (Israel)
Contexto : Israel - país rico, sensação de segurança de fronteiras, totalmente idólatra, corrupção e injustiça generalizada

Divisão para Estudo

a) A vida do profeta como metáfora
b) Infidelidade e juízo
c) Restauração dos arrependidos
d) A profecia de Oséias e a nossa relação com Deus

Tema : o amor de Deus por Israel (Os 2:14-16; 6:1-4; 11:1-4,8-9; 14:4-8) => o amor de Deus por nós (Ef 2:1-10)

A vida do profeta como metáfora

“Vai e toma...” : ato indecoroso ? de quem é a infidelidade ? e se fosse hoje ?

a) Jezreel (Deus espalhará) : 1 Rs 21:1,19,23 – rei de Israel (Jeroboão II é da dinastia de Jeú)
b) Lo Ruama (Desfavorecida) : nação pronta para o juízo
c) Lo Ami (Não meu povo) : quem abandona quem ?

Promessa de benção => promessa messiânica

O Deus fiel de um povo infiel

Pecado de Israel é maior que o pecado das nações gentias
Castigo por adultério é a morte
Israel (esposa infiel) : confunde-se sobre a origem do seu sustento (2:8 / Jr 44:17-18)
Castigo severo antes da restauração – mediante resgate
Sem rei, sem sacerdotes, sem ídolos => muitos dias, últimos dias)

Indiciamento e condenação

a) A culpa de todo povo – rejeição do conhecimento de Deus (Rm 1:28-31)

b) Culpa dos sacerdotes : vox populi não é vox Dei

c) Castigo será para todos

d) Culto imoral – a vaidade (Aven) no lugar de Deus (´El)

e) Sacerdotes e príncipes : rejeitam advertências (orgulho nas riquezas, acordos com vizinhos, culto a ídolos e ofertas hipócritas a Deus)
ð Deus os rejeitará na aflição

f) Rejeição à cura : idolatria, a fonte de todos os pecados
O pão de duas faces
A pomba tola

g) Soa o alarme do castigo : sem refúgio nos vizinhos (Nm 23:9)

i. Morte da Alegria
ii. Exílio
iii. Perda do discernimento espiritual
iv. Encolhimento da nação
v. Rejeição de Deus

Quanto maior a riqueza maior a idolatria => maior será a destruição

h) O amor imutável de Deus , que repreende a quem ama

i) O exemplo de Jacó e a ganância de Efraim
Jacó sempre buscou a Deus
Efraim (o mercador = Canaã) sempre confiou na sua força
Palavras...visões...parábolas (similes)

j) A tua ruína vem de ti – o salário do pecado é a morte

Conversão e restauração

a) De volta à metáfora do casamento de Oséias
b) Converta-se....arrependa-se...confie em Deus
c) Deus cura...purifica....sustenta.

Aplicação para nós como crentes

a) Conceito messiânico : pouco aplicável à primeira vinda – mas enfatiza o rei dos últimos tempos como descendente de Davi

b) Plano de Deus : a história de Oséias é a história de Israel é a nossa história

c) Conceito escatológico : restauração total e reunião das 12 tribos sob o reino do Messias

d) Nós somos Israel
i. Pecadores, resgatados, reconciliados e restaurados
ii. Muitas vezes auto-confiantes e distantes de Deus
iii. Não podemos ficar surdos à repreensão e à chamada à conversão.

Bibliografia :

Bíblia de Estudos de Genebra . Editora Cultura Cristã. 1999
Bíblia Sagrada. Edição Revista e Atualizada do Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil. 1969
DAVIS, John D. Diccionario da Bíblia. Centro Brasileiro de Publicidade. 1928
FEINBERG, Charles L - Os profetas menores. Editora Vida. 1988
Mapas, Gráficos, Cronologias e Ilustrações. Editora Cultura Cristã. 1999
METZGER, Bruce M & COOGAN, Michael D. The Oxford Companion to the Bible. Oxford Press. 1993
PEARLMAN, Myer. Através da Bíblia livro por livro. Editora Vida. 1977
PFEIFFER Charles.F. & HARRISON, Everett.F. – Comentário Bíblico Moody Vol 3. Imprensa Batista Regular. 1990
REVISTA EXPRESSÃO. História da Redenção parte 3. Editora Cultura Cristã.
van GRONINGEN, Gerard – Revelação Messiânica no Velho Testamento. Luz para o Caminho. 1995
WALTON, John H. Chronological and background charts of the Old Testament. Academie Books. 1978