1º Motivo: a Disciplina
Hebreus 12.4-13 – Ora, na
vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue e estais
esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não
menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por Ele és
reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem
recebe. É para disciplina que perseverais, Deus vos trata como filhos; pois
que filho há que o pai não corrige? Mas, se estais sem correção, de que
todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos. Além
disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os
respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual
e, então, viveremos? Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor
lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de
sermos participantes da Sua santidade. Toda disciplina, com efeito, no
momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois,
entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto
de justiça. Por isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; e
fazei caminhos retos para os pés, para que não se extravie o que é manco;
antes, seja curado.
Primeiro sofrimento exclusivo
nosso é a disciplina. Vamos
sofrer a disciplina por causa do pecado. Apesar de sermos filhos de Deus,
ainda, neste nosso corpo, temos pecado, temos a natureza pecadora. A disciplina
é conseqüência do pecado. A disciplina não é para o ímpio. Se alguém se julga
filho de Deus e não é disciplina, então não é filho (v.8). Deus disciplina a
quem ama. O Salmo 73 fala do ímpio que fica sem correção, sem disciplina. A
disciplina dos filhos é a conseqüência do amor de Deus. Quando estamos sendo
disciplinados estamos sendo alvo do amor de Deus, porque é para o nosso
proveito, nosso aperfeiçoamento, em submissão, em santidade. Agora, não
significa que a disciplina vai ser agradável, ela implica em sofrimento, porque
senão deixa de ser disciplina. A disciplina que sofremos não tem nenhuma
proporção com o pecado que cometemos. Quem não recebe disciplina, tem de pagar
os seus próprios pecados, vai pagá-los no inferno por toda a eternidade. A
disciplina é uma repreensão.
Salmo 32.3-4 – Enquanto calei
os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo
o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou
em sequidão de estio.
É sofrimento. Apesar disso
contemplamos a misericórdia de Deus. Davi sabia muito bem o que tinha feito,
mas, como Davi, às vezes, mesmo sabendo o que fizemos errado, demoramos em
confessar. Não pedimos disciplina ao Senhor, porque quem pede disciplina é
porque pretende continuar pecando. A disciplina é o primeiro sofrimento que é
só do cristão; o outro é por causa de Cristo Jesus.
Há alguns motivos de sofrimentos
que são exclusivos nossos. O primeiro deles é o único que tem a ver com o
pecado. Há um só motivo por causa do pecado e todos os outros são porque somos
cristãos. Há um único sofrimento por sermos pecadores e outros por sermos bons
cristãos. O único motivo que sofremos por causa do pecado é quando recebemos a
disciplina, que é exclusivo dos cristãos. O ímpio não tem disciplina, para ele
há somente a justiça de Deus, julgamento para morte. Nós somos disciplinados,
repreendidos, mas em nosso caso a justiça recaiu sobre Cristo Jesus. Deus não
abriu mão de executar a justiça. A nossa salvação não veio da tolerância de
Deus, mas porque Alguém pagou a nossa conta. Temos de nos lembrar sempre disso.
A justiça de Deus tem de se manifestar, porque seria contrário à vontade de
Deus. Se Deus fosse tolerante, Ele seria conivente e isso é contra a santidade
de Deus. Nós não recebemos essa justiça porque fomos justificados, fomos feitos
justos em Cristo Jesus. Ele pagou a nossa conta. A diferença entre os ímpios e
nós cristãos é essa, porque a justiça de Deus é sobre todos. Agora, não é
porque Jesus pagou a conta por mim que não serei disciplinado; o que nada tem a
ver com o castigo do ímpio que é eterno.
2º Motivo: a Perseguição por
Amor a Cristo
O segundo motivo para o nosso
sofrimento é o amor ao Senhor Jesus, pelo fato de sermos cristãos. Por isso
somos ofendidos, perseguidos, desconsiderados, maltratados. Há vários motivos
para sermos perseguidos:
Pela nossa integridade –
Sofremos a perseguição no mundo por sermos certos. No dia-a-dia sofremos muito
mais por sermos certos, porque o mundo não é. Quando agimos corretamente, com
honestidade, integridade, somos chamados de bobos. No mundo o “esperto” é o
errado, o desonesto.
Pela Pregação do Evangelho
– Nós sofremos porque pregamos o Evangelho. Sempre que falamos de Jesus,
encontramos resistência, encontramos perseguição, que pode não ser de cadeia,
ou seja, sermos presos, mas que pode ser uma série de outras formas.
Por sermos fiéis à vontade de
Deus – é verdade que seremos completamente fiéis quando estivermos no céu,
livres deste corpo de pecado, mas procuramos viver de acordo com a vontade de
Deus, como a Bíblia ensina; isto tem a ver com os Dez Mandamentos e com a
aplicação que Jesus fez no Evangelho.
Aula ministrada na Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo
Transcrição da Missionária Heloísa Martoni
Bibliografia usada na preparação da aula:
Transcrição da Missionária Heloísa Martoni
Bibliografia usada na preparação da aula:
A providência – Rev Héber Carlos de Campos
As Institutas – João Calvino
Razão da Esperança – Rev Leandro Antonio de Lima
Teologia Sistemática – Louis Berkhof(todos da Cultura Cristã/CEP)
As citações Bíblicas são da tradução de Almeida - revista e atualizada - Sociedade Bíblica do Brasil
As Institutas – João Calvino
Razão da Esperança – Rev Leandro Antonio de Lima
Teologia Sistemática – Louis Berkhof(todos da Cultura Cristã/CEP)
As citações Bíblicas são da tradução de Almeida - revista e atualizada - Sociedade Bíblica do Brasil
Se você quiser participar do movimento em defesa do Pastor Youcef acesse: http://48hoursforfreedom.org/