Cada vez mais se discute qual é, afinal de contas, a religião (seita, crença, fé) com maior número de adeptos do mundo. A estatística aponta para o catolicismo romano, ainda que os neopentecostais reivindiquem para si o título alegando que os romanistas, na sua maioria, não são praticantes.
Movido pela curiosidade inerente à minha pessoa eu empreendi a minha própria pesquisa, baseada em profunda observação da natureza humana e descobri qual é a maior religião do mundo.
Mais que isso, descobri que é uma religião que não tem organização formal, não tem concílios, assembléias, líderes ou apóstolos. Seus adeptos estão infiltrados entre católicos romanos, ortodoxos e heterodoxos. Entre reformados tradicionais e incomuns. Entre os pentecostais neo e também entre os arcaicos. Chega mesmo a se infiltrar em algumas crenças não cristãs.
Não é uma religião nova, muito pelo contrário, já era praticada ostensivamente nos tempos de Cristo, na época seus seguidores se orgulhavam de portar o seu título. Como a nomenclatura se tornou pejorativa, eles passaram a usar os rótulos de outras organizações, mas nunca pararam de crescer, fosse em número, fosse em convicção doutrinária.
A essa altura você deve estar se perguntando: por que esse cara não para de enrolar e fala de vez? Eu falo e explico porque cheguei a essa conclusão.
A maior religião do mundo é o farisaísmo. Veja as características dos fariseus e me diga se não conhece vários (quem sabe, até, você não seja um deles...)
A primeira delas é que todo fariseu se acha profundamente religioso, mais que qualquer outra pessoa. Claro que cada um deles também acha que a religião que ele usa nominalmente (católico, batista, pentecostal, ortodoxo, presbiteriano...) é a única capaz de levar as pessoas ao reino dos céus. Portanto, todo fariseu se acha um ser humano melhor que todos os demais.
Além disso, para os fariseus, as regras religiosas são mais importantes que as pessoas. Isso inclui, até mesmo, aqueles que defendem doutrinas baseadas exclusivamente na graça, na prática vivem como se a salvação fosse conquistada pelas obras.
O corolário desses dois pontos é que, qualquer não fariseu é apenas um pecador desgraçado, destituído de qualquer recompensa divina e destinado ao fogo eterno nos recônditos do inferno. Claro que os fariseus não são totalmente ingratos, eles louvam seu "deus" (também chamado de espelho ou umbigo) todos os dias por não serem impuros comos os demais.
Como eu sou um sujeito que sempre esteve ao lado das minorias, também dou graças ao meu Deus, por ser apenas um publicano.
Um comentário:
Ótima reflexão. Tenho uma técnica infalível de reconhecer um fariseu, são aqueles que colocam fardos nos outros que nem eles mesmo conseguem carregar. Também sou feliz por ser publicana.
Bom dia!!!
Postar um comentário