A Glória de Deus
João 9.1-3 – Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os Seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus.
João 11.3-4 – Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas. Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para a morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado.
Ou seja, o mal físico nem sempre é para punição, para disciplina, mas para a glória de Deus. Todas as coisas são para a glória de Deus, mas, aquele mal veio para que, naquele momento, se manifestasse a glória de Deus.
1ª Coríntios 10.31 – Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer; fazei tudo para a glória de Deus.
Tudo. Qualquer coisa que nós estamos fazendo, qualquer coisa que estamos passando, qualquer coisa que estamos vendo é para a glória de Deus. Então, a glória de Deus, a manifestação da glória de Deus é um propósito do mal físico; outro propósito é nos advertir.
A Nossa Purificação
Salmo 119.71 – Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os Teus decretos.
É bom passarmos por aflição, pelos males físicos, para que entendamos qual é a vontade de Deus.
Jó 23.10 – Mas Ele sabe o meu caminho; se Ele me provasse, sairia eu como o ouro.
Ou seja, Deus me prova, mas Deus me purifica; nem sempre, na Bíblia, tem o sentido de pureza, mas também passamos por males físicos com o objetivo de purificação.
A Nossa Disciplina
1ª Coríntios 5.5 – entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus.
O texto está dizendo que alguém foi entregue para sofrimento do corpo para que se salve o espírito; vai perder o corpo para salvar a alma. É um castigo específico. Ele está sendo castigado, isto é disciplina.
Para Sermos Consoladores
2ª Coríntios 1.3-4 – Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É Ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus.
Sofremos para aprender a consolar o povo que sofre, porque não é fácil consolar o sofredor sem ter experiência do mesmo sofrimento. Então, também sofremos para aprender sobre o assunto para poder ajudar o próximo.
Para Aprendermos mais de Deus
Romanos 12.2 – E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Para que aprendamos qual é a vontade de Deus. Para essa transformação precisamos ser revestidos de paciência.
2ª Coríntios 12.7-10 – E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, Ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.
Vem da parte de Satanás um espinho que incomoda, seja lá qual for o espinho, moral ou físico, mas para que tenha paciência, para que se humilhe diante de Deus. A resposta de Deus para Paulo foi: fique com o seu espinho porque a minha graça te basta. Porque Deus é forte, a nossa força vem de Deus.
Romanos 8.28 – Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito.
É para entendermos qual é a vontade de Deus, pois sabemos que todas as coisas cooperam para o bem, o que significa que as coisas acontecem para o nosso bem. Como diz o Salmo 119.71, o sofrimento é um professor para entendermos tudo isso que falamos: serve para repreensão, para arrependimento. Um sofrimento específico pode não decorrer de um pecado específico, mas é decorrente do pecado, ou daquele com o qual nós nascemos. Qualquer sofrimento físico é decorrente do mal moral, seja um pecado cometido, ou seja o pecado da nossa própria natureza pecaminosa.
Jó 36.8-10 – Se estão presos em grilhões e amarrados com cordas de aflição, Ele lhes faz ver as suas obras, as suas transgressões, e que se houveram com soberba. Abre-lhes também os ouvidos para a instrução e manda-lhes que se convertam da iniqüidade.
Está dizendo que Deus mostra o nosso pecado. A grande discussão no livro de Jó é essa: enquanto Jó se defendia dizendo que não entendia porque Deus permitiu que passasse por tanto sofrimento, seus amigos o acusavam de pecado. Mas temos de ter também conforto nisso.
Salmo 46.1 – Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.
Por pior que seja o mal físico que estejamos passando, podemos ter certeza de que teremos conforto.
Esdras 9.13 – Depois de tudo o que nos tem sucedido por causa das nossas más obras e da nossa grande culpa, e vendo ainda que Tu, ó nosso Deus, nos tens castigado menos do que merecem as nossas iniqüidades e ainda nos deste este restante que escapou...
Seja lá o que for é sempre menos do que merecemos.
Vimos que o mal moral entra na história num determinado momento, que ele entra dentro do controle de Deus e que o mal moral é a fonte de todos os males físicos, porque se não houvesse o mal moral, que é o pecado, não existiria os males físicos. O mal tem seus agentes e que tem, principalmente, os seus propósitos. Não existe nada que aconteça no universo que não tenha o controle de Deus e que, sob o controle de Deus, há sempre um objetivo para existir. O mal não é independente. O único ser absolutamente independente é Deus. Portanto o mal não consegue acontecer sem estar debaixo do controle de Deus; se está sob o controle de Deus é porque há algum propósito; propósito que em algum momento se completará.
Aula ministrada na Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo
Transcrição da Missionária Heloísa Martoni
Bibliografia usada na preparação da aula:
A providência – Rev Héber Carlos de Campos
As Institutas – João Calvino
Razão da Esperança – Rev Leandro Antonio de Lima
Teologia Sistemática – Louis Berkhof(todos da Cultura Cristã/CEP)
As citações Bíblicas são da tradução de Almeida - revista e atualizada - Sociedade Bíblica do Brasil
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